quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Ofertas em fevereiro farão bolsa sonhar com 2007


O prazo para que as ofertas públicas de ações sejam registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sem que as empresas precisem atualizar as informações referentes ao quarto trimestre de 2010 está acabando e, em razão disso, depois de meses relativamente calmos, as distribuições estão se acumulando para a avaliação dos investidores.
Entre a última semana de janeiro e a primeira de fevereiro, seis companhias concluem operações. São quatro estreantes, Arezzo, Sonae Sierra, Queiroz Galvão e Autometal. Além delas, há as já listadas Magnesita e Tecnisa , sendo que essa última está prestes a divulgar os dados da operação. Juntas, elas deverão movimentar perto de R$ 6 bilhões.
Este é o mês mais forte para ofertas iniciais desde outubro de 2007, quando a bolsa recebeu 12 novatas e duas distribuições de empresas já negociadas.
Os informes financeiros sobre os resultados de 2010 têm de ser divulgados até o fim de março e o encerramento dessas distribuições que já começaram, com a colocação dos lotes extra e adicional, já está invadindo aquele mês.
Para não correr riscos, advogados calculam que as empresas têm até 10 de fevereiro para fechar o preço das ações. As que deixarem para depois poderão ter de atualizar o prospecto.
Houve casos também de quem tomou a decisão contrária. A Vulcabras Azaleia preferiu esperar a divulgação do balanço de 2010 para então sair com a oferta.
"Nosso último trimestre foi bastante razoável e conseguimos antecipar os trabalhos de encerramento desses resultados. Preferimos, então, adiar a operação para utilizarmos os números completos de 2010", disse o presidente da Vulcabras Azaleia, Milton Cardoso. Segundo o executivo, o resultado da Vulcabras nos três últimos meses de 2010 veio dentro das expectativas da companhia e esse balanço terá sua publicação antecipada para a primeira quinzena de fevereiro. Tradicionalmente, os números de empresas varejistas no quarto trimestre são fortes. A operação, que sequer foi iniciada, deverá ser retomada em 30 dias.
Ontem, mais duas empresas iniciaram as apresentações para os investidores. A Queiroz Galvão Exploração e Produção, braço de petróleo e gás da empreiteira, pretende levantar até R$ 2,7 bilhões na bolsa, na maior oferta em andamento. A distribuição prevê uma parte secundária, mas via lote adicional, equivalente a 20% do total ofertado. Ou seja, os atuais acionistas venderão ações apenas se houver excesso de demanda. Se isso acontecer, a fatia da Queiroz Galvão na empresa cairá de 90% para 62%, e o fundo de participações Quantum reduzirá sua participação de 10% para 7%.
A faixa de preços sugerida na colocação varia de R$ 23 a R$ 29. O período de reserva vai de 26 de janeiro a 4 de fevereiro. Já a fabricante de componentes automotivos Autometal quer levantar até R$ 991 milhões. Assim como a Queiroz Galvão, o controlador espanhol, CIE Autometal, venderá ações apenas em caso de excesso de demanda. As reservas vão de 27 de janeiro a 2 de fevereiro.
Fonte: Valor

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