sexta-feira, 22 de maio de 2009

Bovespa garante ganho na semana e já sobe 6,93% no mês

SÃO PAULO - Depois de amargar três dias seguidos de baixa, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) marcou um pregão de recuperação nesta sexta-feira. Ao final da sessão, o Ibovespa apontava alta de 0,96%, aos 50.568 pontos. O giro financeiro, de apenas R$ 3,62 bilhões, foi o menor em um mês. Com isso, o indicador garantiu alta de 3,19% na semana, elevando o ganho do mês para 6,93%.

O sócio-gestor da Nobel Asset Management, André Spolidoro, aponta que o feriado que acontece na segunda-feira nos Estados Unidos acabou esvaziando um pouco o pregão desta sexta-feira, mas ainda assim o mercado brasileiro garantiu variação positiva, ao contrário do mercado americano, onde Dow Jones e Nasdaq fecharam com leve baixa de 0,18% e 0,19%, respectivamente. 

De acordo o gestor, o mercado brasileiro foi favorecido pela valorização das commodities, que seguiram ganhando valor no mercado externo enquanto o dólar apontava para baixo. 

Dentro do Ibovespa, Petrobras PN liderou o volume negociado, avançando 1,13%, para R$ 32,87. Com menos força, Vale PNA subiu 0,43%, para R$ 32,45. Entre as siderúrgicas, Gerdau PN teve acréscimo de 2,0%, para R$ 17,85. 

Tirando o foco do dia-a-dia, Spolidoro lembra que desde o começo de maio o Ibovespa está preso dentro de uma banda de oscilação entre os 48 mil e os 52 mil pontos, sem incentivo para correção ou nova puxada de alta. 

Segundo o especialista, a valorização do Ibovespa, que em cerca de dois meses arrancou dos 35 mil para os 52 mil pontos, foi uma grande antecipação do mercado de uma melhora de cenário econômico, aliada a um aumento da liquidez e juros baixíssimos no mundo todo. 

O que acontece, agora, de acordo com Spolidoro, é que os indicadores econômicos nos EUA, Europa e Ásia precisam confirmar essas expectativas já depositadas no preço dos ativos.

Fora isso, diz o gestor, como a correção foi muito rápida e concentrada, é natural que o índice fique andando de lado por algum tempo. 

Spolidoro também aponta a queda na taxa de risco atribuída ao Brasil e investimentos com baixo retorno ao redor do mundo como fatores que dão sustentação aos preços já atingidos pelos ativos brasileiros. 

Esses mesmos dois quesitos, também explicam o acentuado fluxo de recursos externos para a Bovespa. No acumulado do mês até o dia 19 de maio, o saldo de negociação direta do não residente estava positivo em R$ 4,18 bilhões, elevando o total recebido no ano para R$ 9,3 bilhões. 

De volta ao âmbito corporativo, com o terceiro maior volume do dia, BM & FBovespa ON fechou com alta de 4,52%, negociada a R$ 10,40. Ainda na ponta compradora, as construtoras recuperaram parte das perdas dos últimos pregões. Cyrela ON garantiu valorização de 4,67%, a R$ 13,87, e Rossi ON subiu 3,28%, a R$ 7,55. 

JBS ON, Sabesp ON, Cosan ON, VCP PN, Souza Cruz ON, Gafisa ON, Pão de Açúcar PN, B2W Varejo ON e Cemig PN subiram mais de 2% cada. 

Fora da festa, TIM Part ON liderou as vendas, caindo 4,54%, para R$ 7,14, depois de subir forte na quinta-feira. Perda de 2,99% para o papel PN da Brasil Telecom Part, que fechou a R$ 17,15. Já a ação ON da CCR Rodovias teve desvalorização de 2,26%, para R$ 28,10. 

Fora o Ibovespa, as oscilações foram mais acentuadas. Profarma ON aumentou 9,25%, fechando a R$ 8,74, e Brascan Residential teve alta de 7,25%, para R$ 3,99. 

(Eduardo Campos | Valor Online)

Fonte: Valor Online

22/05/2009 18:21

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