terça-feira, 5 de maio de 2009

Após atingir maior patamar do ano em NY na véspera, petróleo sofre ajuste e cai

Por: Equipe InfoMoney
05/05/09 - 17h59
InfoMoney

SÃO PAULO - Após atingir o maior patamar do ano na véspera em Nova York, as cotações do barril de petróleo recuaram nesta terça-feira (5) com o rumor de que os estoques norte-americanos do produto voltaram a aumentar na última semana. 

A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 54,12, com queda de 0,80% em relação ao último fechamento. Por sua vez, o contrato com vencimento em junho de 2009, que apresenta maior liquidez no mercado de Nova York, fechou cotado a US$ 53,84 por barril, configurando uma desvalorização de 1,16% frente ao fechamento anterior.

Na ultima quarta-feira foi divulgado que os estoques de óleo bruto dos EUA subiram 4,1 milhões de barris entre os dias 17 e 24 de abril, surpreendendo negativamente os analistas, que estimavam alta de 1,8 milhão de barris. Analistas projetam novo acréscimo para esta semana, cujos dados serão apresentados na próxima quinta-feira.

Outras referências
O recuo dos preços do barril de petróleo só não foi maior por conta de sinais positivos acerca da recuperação da economia do maior consumidor mundial do planeta. Em discurso ao congresso norte-americano, o presidente do Fed, Ben Bernanke, afirmou que há sinais de que o declínio da economia do país pode estar se estabilizando. 

O mercado também recebeu bem o novo número do ISM Services, que mede o nível de atividade não industrial dos EUA, que apareceu acima das expectativas do mercado, registrando 43,7 pontos, resultado superior às projeções de analistas, que estavam em torno de 42,2 pontos, o que reforça a tese de recuperação.

Câmbio
A alta do dólar frente as principais divisas internacionais também influiu nos preços da commodity. Uma valorização da moeda norte-americana geralmente incorre em queda na cotação do barril de petróleo, tanto para compensar a variação do câmbio (visto que o preço do petróleo é expresso em dólar) quanto pela busca por ativos de maior segurança (ocorre a migração de investimentos em commoditities para outras alternativas de aplicação, como o câmbio).

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