terça-feira, 5 de maio de 2009

Ibovespa resiste ao clima de cautela nos mercados e consegue o quarto avanço

Por: Equipe InfoMoney
05/05/09 - 18h35
InfoMoney

SÃO PAULO - Depois do rali da véspera, os mercados experimentaram uma terça-feira (5) de sobriedade. Ajustando-se ao movimento ascendente da véspera, Wall Street sentiu os temores em torno do teste de estresse e a pressão do setor tecnológico. Por aqui, o rali de produtoras de celulose garantiu uma valorização de 0,53% ao Ibovespa, que confirmou o quarto avanço consecutivo. Com esta alta, o índice atingiu 50.669 pontos, renovando a máxima desde o dia 26 de setembro do ano passado.

Com data de divulgação prevista para a próxima quinta-feira, o teste de estresse dos bancos norte-americanos trouxe cautela aos investidores. De acordo com agências internacionais, dez dos 19 principais bancos norte-americanos serão orientados a levantar mais capital, segundo informações de fontes próximas ao caso. A despeito das tensões, os ativos do setor financeiro fecharam no campo positivo em Wall Street.

No âmbito corporativo, a Comissão de Federal Trade investiga Apple e Google por supostamente violarem leis antitrustes. O CEO (Chief Executive Officer) do site, Eric Schmidt, e o executivo Arthur Levinson podem ter participado do gerenciamento das duas companhias, com cargos na diretoria. Influenciados pelas perspectivas negativas para o setor, os ativos de Microsoft (-1,98%) e Dell (-3,42%) contribuíram para a desvalorização do índice Nasdaq.

Bernanke e agenda
Em contrapartida, trazendo certo alívio aos investidores, o chairman do Federal Reserve afirmou em discurso que a economia norte-americana está se estabilizando e irá iniciar uma retomada no final deste ano. Porém, a recuperação será gradual. Segundo Ben Bernanke, a confiança do consumidor, o mercado imobiliário e o consumo começaram a dar sinais de vida.

Na agenda econômica, destaque para o setor de serviços dos EUA, que teve desempenho melhor do que o esperado pelo mercado no mês de abril, segundo dados do ISM (Institute for Supply Management). A medição de 43,7 pontos apontada pelo ISM Services, entretanto, segue indicando uma contração.

Produtoras de celulose dão fôlego extra
Resistindo à instabilidade verificada nas bolsas norte-americanas, o Ibovespa fechou com valorização pelo quarto pregão consecutivo. Apesar da pressão dos setores imobiliário e varejista, o fôlego extra dos papéis de produtoras de celulose garantiu o fechamento positivo da bolsa brasileira.

Na ponta positiva do índice figuraram as ações de Aracruz e VCP, que reagiram à elevação de preços-alvo da primeira e da Klabin pelo Goldman Sachs, que afirmou que a demanda global por celulose está se recuperando antes que o previsto. Ainda no setor, foco para a Suzano, que teve seu rating elevado pela Fitch na véspera.

Por aqui, o dia também destacou os números operacionais de importantes companhias. Ao totalizar R$ 2,562 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o lucro recorrente do Itaú Unibanco teve um decréscimo de 5,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Os ativos do banco fecharam no campo positivo

Em baixa
Já no destaque negativo do índice ficaram os papéis de B2W e Lojas Renner. Além das incertezas em torno da evolução do consumo no País, no caso da segunda ainda pesam os resultados apresentados no primeiro trimestre do ano. Para completar, os analistas doHSBC afirmaram que "os preços das ações da B2W se apreciaram antes que os fundamentos da empresa melhorassem".

Por sua vez, no setor imobiliário chamou atenção a queda dos papéis de Cyrela e Rossi. A trajetória ascendente dos papéis tem raízes no movimento de realização de lucros em relação ao último pregão, quando as ações de ambas registraram fortes ganhos.

Quarto pregão de ganhos
O Ibovespa fechou com valorização de 0,53% nesta sessão, atingindo 50.669 pontos. O volume financeiro do índice totalizou R$ 5,57 bilhões. 

Depois de terem apresentado a maior valorização do índice na véspera, as units da ALL desabaram e ficaram com o destaque de baixa.

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