sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ibovespa consegue sexta alta semanal, mesmo com queda neste pregão

Por: Equipe InfoMoney
17/04/09 - 17h42
InfoMoney

SÃO PAULO - Os indícios de melhora do setor bancário voltaram a contagiar os mercados externos no último pregão desta semana, o que não foi suficiente para a bolsa brasileira. Por aqui, o Ibovespafoi penalizado por produtoras de celulose e blue chips de um lado, mas contou com o fôlego de siderúrgicas do outro. O resultado foi uma queda de 0,54% nesta sessão que, no entanto, não barrou a valorização de 0,53% na semana - sexta consecutiva de saldo positivo.

Reforçando a perspectiva de uma melhora mais consistente no setor bancário, os bancos norte-americanos BB&T e Citigroup divulgaram números trimestrais melhores que o previsto. Além de animar os investidores afirmando enxergar sinais de recuperação no setor imobiliário, o BB&T, que dentre as instituições bancárias dos EUA que não cortaram dividendos é a maior (em depósitos), anunciou um lucro de US$ 0,48 por ação, ou US$ 318 milhões, no primeiro trimestre deste ano.

Em linha com as previsões de seu CEO (Chief Executive Officer) Vikram Pandit, o Citi revelou um lucro líquido de US$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre, depois de ter registrado prejuízo por cinco trimestres consecutivos. Todavia, as ações do banco desabaram nesta sessão se ajustando ao recente rali e também diante do fato de que o lucro, descontado o pagamento de proventos, ficou ligeiramente abaixo das projeções.

A agenda econômica desta sessão também trouxe certo ânimo aos investidores, Surpreendendo positivamente as projeções, a versão preliminar da confiança do consumidor norte-americano medida pela Universidade de Michigan ficou em 61,9 pontos, enquanto o mercado indicava 58,5 pontos. Em contrapartida, Ben Bernanke declarou nesta sessão que o recente estouro da bolha de crédito deve ter efeitos prolongados sobre a economia norte-americana.

Bolsa cai no dia, mas consegue sexta alta semanal
Ignorando a performance positiva dos índices acionários de Wall Street, o Ibovespa fechou com desvalorização sob pressão de produtoras de celulose, Vale e Petrobras. Por outro lado, o bom desempenho do setor de siderurgia limitou as perdas da bolsa.

Os ativos da petrolífera reagiram à definição pela Câmara de Arbitragem Internacional do pagamento de US$ 466 milhões pela subsidiária integral da estatal, Petrobras America Inc, ao grupo Astra, em decorrência do exercício de opção de venda pelo grupo de sua participação de 50% na refinaria de Pasadena.

Por sua vez, os papéis da Usiminas ficaram com o destaque de alta do índice frente às perspectivas otimistas do Credit Suisse. O banco suíço declarou que os ativos da empresa irão apresentar performance superior à de suas rivais. Cabe ressaltar que na véspera, a instituição elevou para "overweight" - acima da média do mercado - a recomendação ao setor diante dos sinais de melhora na demanda da China..

A pressão sobre as ações da mineradora, por sua vez, vieram da confirmação de um novo corte em sua produção de níquel, com o objetivo de ajustar as condições de oferta à realidade atual da demanda. Enquanto no setor de papel e celulose, o Deutsche Bank afirmou que a demanda da China pelos produtos pode não ser sustentável e também reduziu as recomendações para os papéis de Aracruz e VCP. 

Ibovespa cai 0,54%
Após atingir na véspera seu maior patamar desde o início de outubro passado, o Ibovespa inverteu tendência e fechou com queda de 0,54%, cotado a 45.778 pontos. Porém, apesar desta baixa, o índice conseguiu acumular alta pela sexta semana consecutiva, com valorização de 0,53% nos últimos cinco dias.

O volume financeiro do índice totalizou R$ 4,10 bilhões neste pregão.

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