quarta-feira, 11 de março de 2009

Mercado tem dia instável, de novos ganhos a Wall Street e alta modesta ao Ibovespa

Por: Equipe InfoMoney
11/03/09 - 18h25
InfoMoney

SÃO PAULO - Apesar da instabilidade demonstrada por todo intraday, a quarta-feira (11) conseguiu estender o movimento positivo das bolsas norte-americanas após a disparada da véspera. Fatores internos limitaram o desempenho do Ibovespa. Por aqui, não bastou o habitual termômetro de Wall Street; os investidores também encontraram pela frente um cenário de forte recuo no preço das commodities e grande ansiedade com o resultado da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).

Com os olhares divididos entre o prejuízo de US$ 18 bilhões do suíço UBS e aprovação do plano para financiar parte do orçamento governamental dos EUA previsto para 2009, de US$ 410 bilhões, as primeiras horas foram de indefinição. No início da tarde, Timothy Geithner declarou que usará injeções de capital como incentivo para que os bancos negociem seus ativos ilíquidos, além de indicar que defenderá uma reforma regulatória na reunião do G-20 marcada para o final de semana, em Londres.

A melhora dos ânimos veio no meio da tarde. Iniciada por um déficit de US$ 192,783 bilhões em fevereiro de 2009, com o Treasury Budget superando as expectativas, evidenciada pelo fôlego das ações do setor de tecnologia em Wall Street - em meio à elevação na recomendação a HP pelo UBS -, e consolidada pela declaração do CEO (Chief Executive Officer) do JP Morgan. Jamie Dimon afirmou que a economia dá sinais de recuperação e, reacendendo o otimismo iniciado pelo Citi na véspera, disse à agência CNBC que o banco mostrou-se lucrativo nos dois primeiros meses deste ano. O mercado interpretou como novo indício de que o pior momento para o setor financeiro pode ter passado.

Destaques internos
Apesar do fôlego das ações lá fora, o mercado doméstico conviveu nesta quarta-feira com algumas particularidades. O recuo forte do petróleo e queda de metais básicos como o cobre não barraram tímidos ganhos de Vale e Petrobras. Entre as ações, fator de pressão foi a resposta negativa das incorporadoras imobiliárias, que viram Guido Mantega negar a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para materiais de construção. Por outro lado, as petroquímicas assumiram a queda dos contratos de petróleo e tiveram boa performance.

O mercado doméstico contou com outro ingrediente extra. Depois do pior trimestre para a economia brasileira em 12 anos, a decisão do Copom acerca do juro básico ganhou peso. Um corte na taxa Selic parece consensual no mercado, que diverge em relação à magnitude do corte.

Ibovespa no zero a zero
Apesar da extensão dos ganhos lá fora, o Ibovespa teve bom humor limitado por referências domésticas e terminou a quarta-feira com modesta valorização de 0,03%, cotado a 38.804 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 3,6 bilhões.

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