quarta-feira, 11 de março de 2009

Copom opta por corte de 150 pontos-base na Selic, agora em 11,25% ao ano

Por: Gabriel Ignatti Casonato
11/03/09 - 18h53
InfoMoney

SÃO PAULO - Em decisão tomada de forma unânime pelos seus membros, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) optou na noite desta quarta-feira (11) por um corte de 150 pontos-base na Selic, deixando-a no patamar de 11,25% ao ano.

É o corte mais agressivo desde novembro de 2003, quando a taxa foi reduzida de 19,00% ao ano para 17,50% ao ano, que ainda iguala o juro básico brasileiro no menor nível desde sua criação.

"O Comitê acompanhará a evolução da trajetória prospectiva para a inflação até a sua próxima reunião, levando em conta a magnitude e a rapidez do ajuste da taxa básica de juros já implementado e seus efeitos cumulativos, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária", disse a nota que acompanhou o anúncio.

Motivos
Apesar de surpreender as expectativas de boa parte dos analistas, a postura da autoridade refletiu o consenso quanto às maiores incertezas em relação ao ambiente econômico, aliadas à diminuição das preocupações com uma eventual deterioração do cenárioinflacionário do País.

ata do último encontro do comitê, realizado nos dias 20 e 21 de janeiro, já revelava um colegiado apreensivo com o enfraquecimento da economia mundial e suas repercussões sobre os mercados emergentes, ao mesmo tempo em que a percepção para a trajetória dos preços vinha se tornando mais amena.

Analistas defendiam postura mais agressiva
Alguns analistas já apostavam em uma postura mais agressiva do comitê, especialmente após o anúncio da forte retração do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no último trimestre.

A Ativa, por exemplo, defendia que os membros do comitê deveriam optar por uma atitude mais agressiva diante de um cenário inflacionário tão benigno e uma desaceleração significantemente maior que a esperada.

No mesmo sentido, o Banco Schahin acreditava ser mais adequado acelerar o ritmo da reunião anterior diante dos números contundentes de enfraquecimento da atividade e das perspectivas cada vez menos preocupantes para a inflação.

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