terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Bovespa já tem 39 mil jovens investidores

A participação de jovens de até 25 anos na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) cresceu 8,52% de fevereiro de 2009 até dezembro de 2010. Ao todo, são 39.054 aplicadores nessa faixa etária que começam a dar os primeiros passos no mercado de ações.
São dois os fatores apontados para que a participação dos jovens nesse segmentos cresça. O primeiro é a facilidade em lidar com tecnologias e acessar o home broker (sistema online de compra e venda de ação). O segundo é a busca por uma alternativa de investimento a longo prazo com risco mais intenso.
"O jovem tem um tempo para recuperar se fizer um investimento mal sucedido. Isso permite que ele arrisque mais", diz o diretor do Easynvest, Anderson Magalhães. Para atrair cada vez mais os iniciantes, a corretora oferece isenção na corretagem e em outros custos da bolsa por 12 meses. Em troca, pede que os iniciantes façam um curso sobre o mercado financeiro.
Benefícios deste tipo são cada vez mais comuns no mercado. Especialistas recomendam que haja uma boa pesquisa por parte do interessado para a escolha do menor custo.
Para o educador financeiro Mauro Calil, os jovens investidores perceberam que é possível operar na Bovespa com pouco. "O tíquete médio do jovem não é alto. Dentro da bolsa, ele pode escolher o perfil que quer assumir. Nem todos nessa faixa etária são arrojados", afirma.
Na busca por um investimento de longo prazo, o estudante Ismael Pereira de Oliveira, de 20 anos, optou por investir na bolsa há quatro meses. Ele começou o investimento com R$ 6 mil, ao mesmo tempo, fez um curso de educação financeira. Agora, ele garante que, já obteve um bom lucro com o investimento.
Vincular o início dos investimentos (principalmente os mais requintados, como em ações) a iniciativas de educação financeira é essencial e já desperta o interesse de escolas como a Kolle, que fica em Rio Claro, interior de São Paulo. "Desde o início de 2010 temos a matéria Bolsa de Valores", conta o professor Eloy Ferraz Machado Neto, que elaborou o cronograma das aulas.
A matéria é optativa, mas - ao lado de outros temas - é obrigatória. "Os alunos necessariamente precisam fazer uma optativa por semestre", explica o professor. "A mais procurada é a Bolsa de Valores. Não damos conta de atender todos os interessados."
A aluna Carolina Verlengia Bertanha , de 17 anos, fez as aulas no primeiro semestre de 2010. "Tive tanto interesse que fiz novamente no segundo semestre", completa. A intenção era ser vencedora do Desafio Bovespa, um jogo promovido pela Bolsa em que escolas disputam entre si quem conseguirá a melhor rentabilidade em uma carteira fictícia de ações. "Ficamos em segundo lugar", conta a jovem.
O prêmio é R$ 25 mil em ações. O investimento precisa ser mantido por 12 meses.

Outras iniciativas
Além do jogo entre escolas Desafio Bovespa, a Bolsa de Valores de São Paulo lançou diversas iniciativas de educação financeira para crianças, jovens e adultos no ano passado. Segundo Patrícia Quadros, gerente do programa de popularização da Bovespa, 2011 virá com inúmeras novidades na mesma linha,
"Estamos proporcionando aos brasileiros a oportunidade de ter educação financeira e queremos manter essa ideia", diz.
O programa online SimulAção, segundo conta a gerente, é um dos mais abrangentes e mais procurados.
Ele está no site da Bovespa e tem a mesma aparência do home broker (sistema online de negociação de ação). "Serve para treinar a compra e venda de papéis", detalha Patrícia. 
Fonte: Estadão

Um comentário:

  1. Olá José Aquino,

    Recebi seu email de felicitações via Colégio Koelle, obrigado pelas palavras gentis.

    Abraço,
    Prof. Eloy

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