sábado, 11 de setembro de 2010

ANALISE QUANTITATIVA - A fórmula do lucro

FUNDOS QUANTITATIVOS
Fundos quantitativos, que adotam ferramentas matemáticas e de estatística para tentar detectar tendências, ganham terreno entre investidores sofisticados
Por Angelo Pavini
Qual a relação de uma aplicação em fundos multimercado e as chuvas no rio Nilo? Pode ser grande se o fundo for uma carteira que adota modelos matemáticos e estatísticos de investimento, os chamados fundos quantitativos. Nesses fundos, fórmulas e gráficos dizem ao gestor quando ele deve comprar ou vender um ativo, como um piloto automático, usando como referência o comportamento passado das aplicações.
Os fundos quantitativos ainda são novidade no Brasil, que conta com cerca de uma dúzia de representantes da categoria. Mas já chamam a atenção dos investidores. Neste ano, eles captaram R$ 111 milhões, elevando o patrimônio total da categoria para R$ 297 milhões. Muito longe, porém, dos bilhões aplicados nos mercados internacionais, onde foram criados.
Uma característica desse tipo de fundo é que cada gestor cria sua própria "receita" de aplicação usando as ferramentas mais sofisticados de matemática e estatística que encontra. O objetivo é detectar tendências que se repetem para saber o momento certo de investir. Com isso, o fundo cria limites de alta e baixa para os mercados onde atua.
Há duas grandes vertentes de fundos quantitativos. Uma é a dos fundos que seguem as tendências dos mercados (trend follow) e vão comprando mais quando o mercado está subindo e começam a vender quando a tendência se inverte. O sucesso está em ter um modelo que detecte antes que a alta ou a queda de dois dias ou mais é uma tendência. Outra vertente é a de preços absolutos, onde o modelo descobre quanto um preço de um ativo está desajustado em relação a outro olhando para o comportamento passado.
Se a coisa parece complicada, é bom se preparar pois, dentro dessas estratégias, há ainda os gestores que adotam cegamente os modelos, os chamados "black box" (caixa preta). No exterior, alguns fundos chegam a ter sistemas que não só definem os preços, como ainda fazem as operações de compra e venda automaticamente quando os preços atingem os limites estabelecidos de alta ou baixa. O segundo tipo, mais comum no Brasil, é chamado de "gray box" (caixa cinza), onde o gestor usa as informações do modelo, mas é ele quem dá a palavra final.

Fonte: Realtrader

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