terça-feira, 21 de setembro de 2010

3G, uma nova máquina de negócios bilionários

A troca de uma única letra mudou a história da venda do Burger King, quarta maior rede de lanchonetes do mundo. Se os fatos tivessem seguido a versão preliminar noticiada no dia 1o de setembro pela imprensa internacional, na cola do conceituadíssimo The Wall Street Journal, o comprador seria o 3i, com sede em Londres. Até aí, nada de mais. Não era novidade que o Burger King estava à venda, e o tradicional 3i, 35o maior fundo de private equity do mundo, com recursos de 8,3 bilhões de dólares, seria apenas o mais novo dono da companhia, que trocou de mãos duas vezes em pouco mais de uma década. No dia seguinte, porém, esclareceu-se o engano e começou um mistério - o comprador era, na verdade, o quase homônimo (e desconhecido) fundo 3G, sediado em Nova York. Aos poucos, o mercado encontrou referências familiares por trás da sigla enigmática, dona de uma oferta de 4 bilhões de dólares - 800 milhões dos quais apenas para cobrir a dívida da rede. Os três principais sócios do fundo, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, eram os mesmos que haviam arrematado, dois anos antes, outro ícone americano, a Anheuser-Busch, tacada que os transformou nos donos da maior cervejaria do mundo, a ABInBev. (Logo os jornalistas americanos se lembraram de outra referência - o 3G era também o empregador de Marc Mezvinsky, novo genro do ex-presidente Bill Clinton.) No mesmo dia 2 de setembro, o próprio comandante do fundo, o carioca Alexandre Behring, enviou um comunicado ao mercado para dizer a que veio. Ele anunciou o estilo "hands on" do fundo em busca de eficiência e resultados. Aproveitou para informar até mesmo quais mãos executariam a tarefa - as do também carioca Bernardo Hees, de 40 anos, até então presidente da empresa de logística ALL.
Matéria completa: Portal Exame

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