sexta-feira, 19 de março de 2010

Site chinês facilita exportações


O comércio eletrônico movimentou R$ 10,6 bilhões no Brasil em 2009, com um crescimento de 30% comparado a 2008, segundo a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara e-net). Esse montante refere-se às vendas para consumidores ("business to consumer" ou B2C) e ao "business to business" (B2B), que trata do comércio entre empresas, segmento considerado pouco explorado no Brasil. De olho nesse mercado o site de vendas B2B chinês Alibaba.com abriu um escritório em São Paulo e quer expandir-se para dez Estados até o final do ano.
A empresa é representada pela Ludatrade, ligada ao grupo Luda, de Hong Kong, especializado em exportações.
O site de comércio eletrônico chinês chega ao Brasil com investimentos de R$ 1 milhão e foco nas exportações das pequenas e médias empresas brasileiras.
O Alibaba atua em 240 países e regiões, conta com 6,8 milhões de empresas fornecedoras de 7,6 mil categorias de produtos. O Brasil está representado com 150 mil usuários cadastrados mas apenas 70 empresas pagantes. A meta é crescer 50% no Brasil, afirma Keneth Ma, diretor-geral da Ludatrade.
Qualquer interessado pode se cadastrar no site para comparar ofertas e fazer compras. Já os usuários registrados pagam US$ 3 mil por ano para ter um um web site próprio com a vitrine de produtos. No Brasil o cadastro custa R$ 8 mil por ano e dá direito a uma consultoria da Ludatrade na confecção do site, tradução para o inglês e auxílio na exportação, por meio do Sebrae e do Banco do Brasil. O foco são pequenas empresas de alimentos, bebidas, produtos agrícolas, minerais e construção civil.
Sobre a segurança nos negócios, Keneth Ma afirma que a Alibaba checa as empresas cadastradas mas pede para o comprador exigir as mesmas garantias que pediria se a transação não fosse feita pelo site. A Alibaba tem crescido 40% anualmente e no ano passado a receita foi de US$ 505,2 milhões.
A empresa mais tradicional de comércio B2B no Brasil é a Mercado Eletrônico. Criada em 1994 para atender médias e grandes empresas, contabiliza 300 clientes e 50 mil fornecedores cadastrados e cresceu 30% no ano passado. O presidente, Eduardo Nader, não considera a Alibaba um concorrente porque sua companhia atua no lado das compras conectando grandes compradores com seus fornecedores. A receita em 2009 foi de R$ 30 milhões.

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