segunda-feira, 15 de março de 2010

Estrangeiros passam bastão aos fundos


O Ibovespa voltou a cobiçar os 70 mil pontos. O que está por trás dessa recuperação?

Por Milton Gamez com Juliana Schincariol e Márcio Kroehn
Papéis avulsos
Quem olha as ofertas públicas iniciais da Aliansce e da Multiplus pode achar que é o apetite dos investidores estrangeiros. Eles ficaram, respectivamente, com 73% e 82% desses IPOs. Porém, este ano, o saldo de seus negócios na Bovespa estava negativo em R$ 1,86 bilhões até a terça-feira 9. A participação dos estrangeiros no volume de negócios está caindo. Se no ano passado suas ordens representavam 34%, em média, das negociações, desde janeiro ficaram em 28%. Terão as palavras otimistas do lendário gestor Mark Mobius, da Franklin Templeton – “A economia brasileira é mais confiável do que a chinesa” – deixado de convencer seus pares? Não necessariamente. A crise das finanças públicas na Europa pode ter sido o principal fator de pé no freio. “A Grécia mostrou que a recuperação dos mercados não estava tão óbvia”, diz João Grilo Simões, sócio da Duna Asset. Então, o que tem inflado o Ibovespa? São os investidores institucionais, cuja participação subiu de 25,7% para 30% dos negócios. “Os fundos estão fazendo grandes movimentações”, diz Roberto Lee, diretor da WinTrade. “As brigas pelos bons negócios estão sendo maiores este ano”, confirma Simões.

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