sábado, 6 de março de 2010

Confira as recomendações de 23 corretoras para março


O mês de março ainda deve refletir incertezas com a recuperação da economia global, apontam as corretoras.
A bolsa brasileira ainda não andou em 2010. Até ontem, o Ibovespa tinha subido apenas 0,44% no ano, apesar das projeções de crescimento do PIB estarem perto dos 6%.
O índice, que começou o ano 68.588 pontos, parecia poder, em poucas semanas, quebrar o recorde histórico de 73.516 pontos de maio de 2008. Chegou perto: 70.729 no dia 6 de janeiro. Porém, depois disso, a crescente preocupação com problemas fiscais de países do leste europeu e incertezas em relação ao crescimento dos Estados Unidos e outras economias desenvolvidas, jogaram a bolsa em um ciclo de alta volatilidade.
Para março, a expectativa não é outra. "O temor de default da Grécia e o déficit orçamentário dos países do leste europeu ainda terão repercussão negativa. Há ainda a fraqueza dos indicadores do setor imobiliário americano", avalia o chefe de análise da Ágora Corretora, Marco Antônio Melo.
Além disso, há a expectativa com a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que anuncia no dia 17 o rumo da Selic. As projeções variam. A Ágora espera manutenção em 8,75% e mudança só em abril. Já o Citi prevê uma alta de 50 pontos-base.
"A taxa vai subir porque precisamos retirar parte dos estímulos. Tivemos uma pequena recessão no Brasil, mas agora o crescimento está acelerado. Esperamos que o PIB suba 5,9%", diz o economista-chefe da Citi Corretora, Fernando Siqueira.
Indicações para o mês
O levantamento do Brasil Econômico, que neste mês consultou 23 instituições do mercado, traz mudanças na lista dos 10+. Dessa vez saíram os papéis da Tractebel e da OGX Petróleo para darem lugar aos da Duratex e da Net.
Outra movimentação que chama atenção é o salto nas indicações da Usiminas. Em fevereiro, a siderúrgica era a escolhida de 6 analistas e, agora, 11 citaram a empresa.
Uma deles é Siqueira, do Citi. "Escolhemos a Usiminas pelos bons resultados do último trimestre, mas principalmente pelo que a empresa adiantou sobre a divisão de mineração, que pode ser vendida por meio de um IPO. Parece que há um valor ainda escondido e que pode levar a revisões de preços-alvo e de recomendações por parte do mercado", afirma ele.
Quem mais perdeu posições foi o Itaú Unibanco. Analistas do BTG Pactual, Spinelli e Souza Barros estão entre os que diminuíram as apostas no setor financeiro.
Vale e Petrobras
As duas blue chips do mercado brasileiro continuam entre as mais queridas. A principal fornecedora de minério de ferro do mundo continua a se beneficiar das projeções cada vez mais otimistas para as negociações do reajuste nos preços da commodity com as siderúrgicas chinesas.
O topo das projeções passou recentemente de 50% para 80%. Do lado da estatal de petróleo, as apostas continuam, apesar das incertezas em relação aos detalhes da capitalização de até US$ 40 bilhões para viabilizar as explorações do pré-sal.

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