sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Stuhlberger segue pessimista com a bolsa. E aposta na alta do dólar


“Da mesma forma que os mercados globais estão em um processo de ajuste para baixo que será prolongado, os ativos brasileiros passarão por isso, só que començando de uma base mais alta”. Essa é uma das conclusões do último relatório de desempenho do Verde, o mítico fundo multimercado gerido por Luis Stuhlberger na Credit Suisse Hedging-Griffo (mítico porque, de 1997 a janeiro de 2010, o fundo rendeu 4 884%, quase seis vezes mais que o Ibovespa).
No relatório, Stuhlberger lista o que considera os “temas” mais atuais que vão influenciar o comportamento dos mercados. Um deles é a possível contaminação do Brasil pela crise na Europa. “O evento da Grécia, apesar de ela ser pouco expressiva financeiramente, representa uma quebra de paradigna no modelo de negócio da zona do euro”, diz. Outros é o embate, no Brasil, entre o banco Central e o Ministério da Fazenda sobre os juros. Para ele, esse conflito pode dominar “por alguns meses a discussão sobre política monetária gerando tensões”.O relatório informa que a participação de ações no capital do Verde “permanece nos níveis mais baixos historicamente” – e que o fundo também tem montada uma posição de proteção contra a queda da bolsa no mercado de derivativos. Além disso, Stuhlberger aposta na alta do dólar e, assim, mantém uma posição comprada em dólar no mercado de derivativos. 
Em janeiro, o Verde rendeu 3,71%, enquanto o Ibovespa caiu 4,6%. A estratégia que mais gerou ganhos para o Verde no mês passado foi a cambial, com um retorno de 3,4%. Stuhlberger tem uma história de acertos nesse mercado. Uma de suas tacadas mais brilhantes foi antecipar a desvalorização cambial de 1999 – com isso, o Verde teve uma rentabilidade  história de 63% em janeiro de 1999.

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