terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Carlyle já comprou a CVC

Negócio foi assinado semana passada em São Paulo - fundo americano passa a controlar a empresa
Por Tiago Lethbridge | 08.12.2009 | 16h26

O fundo de private equity americano Carlyle acertou na semana passada a compra da CVC, maior agência de turismo do Brasil. Segundo EXAME apurou com um executivo que acompanha as conversas, a transação avalia a CVC em um bilhão de reais. O fundo americano passa a controlar a agência, e seu fundador, Guilherme Paulus, torna-se acionista minoritário. A negociação já havia sido antecipada pelo blog Direto do Pregão, de EXAME, em 3 de dezembro (clique aqui para ler o post). Na ocasião, Paulus afirmou que negociava a venda de 40% da CVC. A alternativa era promover a abertura de capital da companhia na Bovespa no começo de fevereiro. O Carlyle apenas confirma a negociação com a CVC, mas não comenta em que estágio ela se encontra.

Recentemente, Paulus veio a público negar que a transação com o Carlyle estivesse concluída. O motivo: embora o contrato esteja assinado, a transação ainda não foi fechada. Em qualquer aquisição, há duas datas fundamentais. O dia da assinatura e o dia do fechamento, quando a transação é concluída e o dinheiro é depositado na conta do vendedor. Entre uma data e outra, os dois lados têm de cumprir uma série de exigências contratuais. Caso essas exigências não sejam cumpridas, o negócio pode ser desfeito.

Normalmente, fusões e aquisições são comunicadas ao mercado na data da assinatura; Paulus e o Carlyle, no entanto, decidiram esperar o fechamento para anunciar a transação. Segundo EXAME apurou, os dois lados esperam fechar o negócio até o fim de 2009.

O Carlyle negociava a compra da CVC há cerca de dois anos. Para o fundo americano, há vários motivos para a aquisição. A CVC é a maior operadora de turismo do Brasil em número de fretamentos aéreos – 5.400 voos charters em 2008. Possui 350 lojas e 8.000 agências de viagens credenciadas pelo país, e opera viagens para mais de 80 destinos nacionais e no exterior. A companhia espera encerrar o ano com 2 milhões de passageiros transportados, ante 1,7 milhão do ano passado. O Carlyle também já possui experiência no setor, pois controla a Orizonia, maior operadora de turismo da Espanha.


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