quarta-feira, 10 de junho de 2009

Reservas mundiais de petróleo recuam pela primeira vez desde 1998

Por: Equipe InfoMoney
10/06/09 - 11h00
InfoMoney

SÃO PAULO - As reservas mundiais comprovadas de petróleo recuaram no ano passado, marcando a primeira queda em um período de mais de uma década, apontou um relatório divulgado pela BP (British Petroleum) em seu website.

De acordo com o estudo, no final de 2008 as reservas totalizavam 1,258 trilhão de barris, cerca de 0,2% a menos do que o 1,261 trilhão registrado no ano anterior. Esse número assegura mais 42 anos de abastecimento, pelas taxas de produção atuais, afirmou a petrolífera.

"Os nossos dados confirmam que o mundo possui reservas suficientes de petróleo, gás natural e carvão para satisfazer as necessidades globais por décadas. Os desafios que o mundo enfrenta para aumentar os seus estoques tendo em vista a demanda futura não estão abaixo, mas acima da terra", disse Tony Hayward, presidente da BP.

Em detrimento das reservas
Nos últimos períodos as companhias do setor petrolífero têm lutado para substituir as suas reservas à medida que o acesso aos depósitos sob o solo está cada vez mais difícil e os campos existentes, como no Reino Unido e no México, estão se deteriorando.

Conforme indicado pelos dados, as reservas da Arábia Saudita, as maiores do mundo, permaneceram praticamente inalteradas, em 264,1 bilhões de barris. Nesse sentido, o Oriente Médio dispõe de uma capacidade total de 754,1 bilhões, abaixo dos 755 bilhões reportados ao final do ano de 2007.

Um dos principais motivos dessa retração das reservas globais é o recuo dos campos localizados na Noruega, Rússia e China. Além disso, algumas medidas protecionistas adotadas em países do Oriente Médio e a própria Rússia têm restringido a entrada de empresasestrangeiras.

Vale destacar também que, segundo o relatório, nenhuma das maiores companhias internacionais de petróleo adicionou mais capacidade às suas reservas através de novas descobertas ou extensão de campos. Algumas estão expandindo seus estoques por meio de aquisições, como no caso da holandesa Shell.

Fonte: Infomoney

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