terça-feira, 26 de maio de 2009

Otimismo com a economia guia mercados e Ibovespa sobe pelo terceiro pregão

Por: Equipe InfoMoney
26/05/09 - 18h27
InfoMoney

SÃO PAULO - Despertada por indicadores melhores que esperado nos EUA, a percepção de que o pior da crise ficou para traz deu fôlego aos mercados nesta terça-feira (26). Além do bom humor com a economia, Wall Street contou ainda com o impulso dos papéis de bancos e montadoras. Por aqui, o Ibovespa (+2,02%) pegou carona no bom humor externo e confirmou seu terceiro avanço consecutivo, cravando 51.840 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 4,95 bilhões.

Além do indicador de confiança do consumidor norte-americano, também trouxe otimismo aos investidores a notícia de que a General Motors anunciou a troca de 17,5% do capital da nova GM - reestruturada - pela dívida que possuía com a VEBA (Voluntary Employees' Benefit Association), um fundo administrado pela UAW (Union Auto Workers) responsável pelo pagamento de benefício saúde aos empregados da montadora. 

Por outro lado, circula na mídia internacional a informação que os detentores de títulos não chegaram a um acordo com a montadora, o que deixa a possibilidade de recuperação judicial mais próxima e pesou sobre o desempenho dos ativos da GM, que após dispararem mais de 23% durante a tarde, fecharam com tímida alta de 0,70%.

Indicadores nos EUA
Na esfera econômica, o Consumer Confidence registrou o maior avanço desde 2003 e atingiu 54,9 pontos em maio, ficando bem acima das expectativas. Apesar do bom humor entre os investidores ao logo do dia, os mercados experimentaram certa cautela diante dos dados sobre o mercado imobiliário do país. O índice S&P Case-Shiller, que mede o desempenho dos preços de imóveis no país, mostrou um recuo de 18,7% em março.

Por sua vez, uma regra contábil nos EUA deve transformar empréstimos ruins em renda. Como exemplo, o JPMorgan Chase pode ter mais de US$ 29,1 bilhões acrescidos no seu resultado, devido aos accretable yields (diferença entre o valor contábil e o fluxo de caixa esperado) de empréstimos do Washington Mutual. Ainda na esfera corporativa, os ativos da Apple (+6,76%) responderam bem à elevação para "overweitght" (acima da média) pelo Morgan Stanley.

Terceira alta seguida
Acompanhando o bom desempenho das bolsas norte-americanas, o Ibovespa fechou com avanço pelo terceiro pregão consecutivo, impulsionado pelos papéis de Petrobras e produtoras de celulose. O bom desempenho do setor de siderurgia também contribuiu para os ganhos da bolsa brasileira.

Figurando entre os principais ganhos do benchmark nesta sessão, as ações de VCP e Aracruz registraram forte avanço em meio às perspectivas favoráveis da BMO Capital. Os analistas da instituição elevaram a recomendação aos papéis da primeira para outperform - acima da média do mercado. Já no destaque negativo do índice figuraram as ações ordinárias da TIM, que caíram forte depois do avanço verificado na véspera.

Já no caso da Petrobras, os papéis foram impulsionados pela valorização verificada no preço do barril de petróleo. Além disso, a petrolífera espanhola Repsol contratou o banco Santander para liderar a venda de sua participação de 30% na refinaria brasileira Refap, de acordo com fontes próximas às negociações. Cabe ressaltar que a Repsol comprou a parcela da Refap durante 2001, como parte de uma troca de ativos com a Petrobras, da ordem de US$ 1 bilhão.

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