terça-feira, 14 de abril de 2009

UBS reduz projeções para resultados de siderúrgicas e vê ações "caras"

Por: Equipe InfoMoney
14/04/09 - 15h18
InfoMoney

SÃO PAULO - O UBS reduziu suas estimativas de lucro e geração de caixa para as maiores companhias siderúrgicas do Brasil neste e no próximo ano. O banco de investimentos ainda previu que as vendas e exportações do setor irão declinar em 2009. 

A projeção para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da Usiminas (USIM5USIM3) ficou menor em 12% em 2009 e 7% em 2010. A expectativa para a geração operacional de caixa da CSN (CSNA3) este ano foi reduzida em 4%, enquanto os números esperados para a Gerdau (GGBR4) em 2009 e 2010 diminuíram em 8% e 5%, respectivamente.

Quanto aos lucros estimados neste ano, o maior corte deu-se na projeção da Usiminas (-20%). Já para o próximo ano, a maior redução de projeção foi aplicada na Gerdau (-9%), seguida de perto pela Usiminas (-8%).

A revisão nas estimativas se deve em parte pela expectativa da equipe de analistas do UBS de recuo de 19% das vendas domésticas do setor siderúrgico em 2009, enquanto as exportações deverão cair 35%.

Valuation não atrativo
Incorporando os resultados de 2008 e estas novas premissas em sua análise, o UBS conclui que as ações das empresas brasileiras do setor siderúrgico não estão baratas. Os atuais múltiplos mostram prêmio não só sobre os pares globais, mas também sobre a média dos múltiplos dos últimos cinco anos.

Apesar do corte nas projeções para os resultados de 2009 e 2010 e da baixa atratividade do valuation, os analistas mantiveram os preços-alvo de CSN em R$ 40, de Gerdau em R$ 18,50 e de Usiminas em R$ 32.

Isto porque o UBS acredita que a expectativa de retomada a partir do segundo semestre deste ano deve sustentar as projeções para o desconto de fluxo de caixa. Fica, contudo, o alerta para os riscos de curto prazo referentes a uma demora na recuperação econômica global.

Exposição em Gerdau
O UBS recomenda maior exposição em Gerdau, devido à maior alavancagem operacional da empresa a melhoras nos níveis de preço e volume e à performance inferior à de seus pares domésticos.

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