quinta-feira, 23 de abril de 2009

Petróleo sobe pelo 3º dia, mas segue abaixo de US$ 50

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta pelo terceiro dia seguido. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o barril para entrega em junho subiu US$ 0,77, ou 1,6%, para US$ 49,62. Em Londres, no mercado eletrônico ICE, o petróleo tipo Brent para junho subiu US$ 0,30 para US$ 50,11 o barril.

Na Nymex, o barril oscilou pouco abaixo de US$ 50 o barril ao longo do dia, ganhando força quando as ações norte-americanas apontaram para cima. Por volta das 15h30 (de Brasília), quando o pregão da Nymex estava fechando, o índice Dow Jones estava em alta de 22 pontos, antes de voltar ao vermelho pouco depois.

"O mercado (de petróleo) mais uma vez demonstrou sua capacidade de acompanhar o mercado acionário", disse Gene McGilian, analista da corretora Tradition Energy, em Stanford, Connecticut.

Os preços do petróleo continuam bem abaixo das máximas do ano passado, enquanto os estoques de petróleo sobem e os consumidores reduzem o uso de combustível. Nos EUA, a demanda por petróleo caiu 6,5% em relação ao ano passado em meio à recessão econômica.

Os dados econômicos desta quinta-feira trouxeram mais sinais negativos. As vendas de imóveis usados nos EUA caíram 3,0% em março. Na semana encerrada em 11 de abril, o número total de norte-americanos recebendo auxílio-desemprego saltou 93 mil para 6,137 milhões, o maior nível desde que o governo começou a apurar este indicador em 1967.

O petróleo enfrenta outras pressões de baixa poderosas. Embora a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) pareça estar desacelerando o ritmo de corte na produção. As exportações da maioria dos membros da Opep devem cair 130 mil barris por dia nas quatro semanas até 9 de maio, segundo a Oil Movements, que monitora os petroleiros. Será um declínio muito menor do que nas semanas anteriores. Os estoques de petróleo nos EUA subiram ao seu mais alto nível desde setembro de 1990, de acordo com o relatório divulgado ontem pelo Departamento de Energia.

A Opep se reúne no dia 28 de maio e os operadores estão começando a especular sobre os possíveis resultados do encontro. "Se o petróleo não superar US$ 60 até 28 de maio, a Opep vai anunciar um corte de um milhão de barris por dia sem a intenção de implementá-lo", opinou Morgan Downey, diretor e operador de commodities (matérias-primas) do banco Standard Chartered em Nova York. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Portal Exame

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