quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mark Mobius vê ações excelentes e com múltiplos baratos na América Latina

Por: Roberto Altenhofen Pires Pereira
23/04/09 - 19h22
InfoMoney

SÃO PAULO - Este início de ano mostra relativo descolamento da bolsa brasileira na comparação com outros mercados externos. A crise bateu por aqui com força, prova disto é o enfraquecimento da economia real e os tombos das ações no ano passado, mas, de fato, o Brasil parece mais resiliente aos problemas importados.

O saldo do Ibovespa serve de argumento. No ano, o índice segue com mais de 20% de valorização, um dos melhores desempenhos do mundo. Mas o que faz a bolsa brasileira mais alheia aos efeitos da crise? Para Mark Mobius, diretor da Franklin Templeton, os motivos são muitos.

Para explicar esta resistência, cita responsabilidade fiscal, disciplina e comprometimento com a política de câmbio flutuante, esforços voltados para a recuperação do mercado e forte composição da economia interna.

Garantia doméstica
Este último motivo é reforçado pelo ponto de vista dos analistas. Caráter defensivo em ações vem frequentemente associado a ativos que apresentam maior exposição ao mercado doméstico, de certa forma, uma blindagem contra a desaceleração da demanda nas economias mais maduras.

"A América Latina como um todo tem uma base de consumo muito grande para suportar a demanda por bens e serviços, além do que consideramos ser muitas as companhias excelentes, ao mesmo tempo baratas e pouco alavancadas", afirma Mobius.

Oportunidade
O gestor aposta na região. Ainda assim, sugere que as opções de investimento sigam uma linha de forte posição de mercado, vantagem competitiva frente a seus pares setoriais, padrões confiáveis de governança corporativa e uma administração capacitada.

"Mais importante de tudo, como value investor, é que os múltiplos das companhias latino-americanas estão atrativos atualmente e consideramos uma ótima oportunidade para procurar barganhas na região", completa.

Fonte: Infomoney

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