Dólar cai 5,9% em abril, maior queda mensal desde setembro de 2007, e fecha em R$ 2,182

A cotação do dólar comercial caiu 5,91% em abril, maior queda mensal desde setembro de 2007, e fechou em R$ 2,182 na venda. Nesta quinta-feira, a moeda americana subiu 0,51%. No quadrimestre, acumulou uma desvalorização de 6,47%. 

O mês de abril foi marcado pela forte redução das apostas de alta no mercado futuro de dólar, fator apontado por operadores como de forte pressão sobre o mercado de câmbio doméstico desde o agravamento da crise em meados de outubro do ano passado.

Das máximas, que ultrapassaram 14 bilhões de dólares, as posições compradas dos investidores estrangeiros no mercado de dólar futuro se reduziram em mais da metade, somando pouco mais de 5 bilhões de dólares na véspera, segundo os dados mais recentes disponibilizados pela BM&F.

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Outro fator é a melhora do saldo comercial (diferença entre exportações e importações), que, após ficar negativo em janeiro, voltou a ficar positivo desde fevereiro. 

Até o dia 24 de abril, o fluxo cambial (diferença entre a entrada e a saída de dólares do país) estava positivo em US$ 596 milhões. A cifra resulta de superávit comercial de US$ 1,386 bilhão e déficit nas transações financeiras de US$ 790 milhões. 

Nesta quinta-feira, o Banco Central informou que realizará na segunda-feira um leilão de empréstimos em dólar com compromisso de recompra, em que os recursos não precisam ser repassados apenas para operações de comércio exterior. A oferta é de até US$ 2 bilhões. 

Segundo o edital, o leilão ocorrerá entre 11h30 e 12h, e a taxa de câmbio para venda de dólares ao mercado será a anunciada pelo BC em boletim às 11h. O BC recomprará os dólares em 5 de junho. O empréstimo vence em 28 de maio de 2010. 

No final de março, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma resolução que autorizava o BC a fazer esse tipo de leilão, flexibilizando as garantias aceitas para tomada do empréstimo. Na prática, os recursos obtidos pelas instituições financeiras podem ser livremente alocados. Até então, os leilões com recompra eram voltados especificamente para o financiamento do comércio exterior. 

(Com informações da Reuters)

Fonte: UOL Economia