quarta-feira, 29 de abril de 2009

Bovespa salta 3,07% e atinge a maior pontuação desde outubro de 2008

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) deixou de lado as notícias negativas divulgadas no Brasil e nos Estados Unidos e saltou 3,07%, aos 47.226,79 pontos, no maior nível de fechamento desde 1º de outubro de 2008, quando atingiu 49.798 pontos. Com isso, o mercado de ações brasileiro já tem alta acumulada de 15,4% em abril e de 25,77% desde o início do ano.

dólar comercial caiu 1,14%, a R$ 2,171 na venda, completando o segundo dia consecutivo de queda. Com isso, a moeda americana acumula desvalorização de 6,38% no mês e de 6,94% no ano.


A principal notícia do dia foi a queda de 6,1% no PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos no primeiro trimestre. A queda foi maior que a retração de 5% prevista pelo mercado.

Embora pareça alarmante, o indicador surtiu efeito contrário nas Bolsas. Segundo analistas, o importante é que o resultado refletiu um ajuste de estoques e queda nos investimentos, que pode ser recuperado nos próximos meses, e mostrou uma melhora no consumo, que é o motor da economia norte-americana.

""Não é tão ruim quanto parece. O dado principal mostra um declínio dramático, mas ele foi liderado por um declínio no gasto do governo, que sabemos ser temporário. Vale notar que o consumo foi positivo e melhor que o esperado. Acho que o último trimestre do ano passado e o primeiro deste marcarão os maiores declínios desta recessão", diz Michael Darda, economista-chefe da MKM Partners.

Ainda nos EUA,o banco central do país decidiu manter a taxa de juros na banda de zero a 0,25% criada em dezembro do ano passado para estimular a economia.

No Brasil, a indústria teve o pior trimestre desde 1999, segundo dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Entre janeiro e março de 2009, o indicador de produção industrial caiu para 36,1 pontos em relação aos 40,8 pontos registrados no quarto trimestre do ano passado. O indicador de emprego ficou em 39,2 pontos, abaixo dos 44 pontos observados entre janeiro e março do ano passado.

O Banco Central vendeu US$ 500 milhões em um leilão de linha com compromisso de recompra futura. O objetivo é ajudar os bancos a expandir a carteira de crédito em um momento que os empréstimos estão mais escassos.

(Com informações de Reuters e Valor Online)


Nenhum comentário:

Postar um comentário