terça-feira, 14 de abril de 2009

Bolsas dos EUA fecham em baixa, apesar de otimismo de Obama e de Bernanke

Por: Equipe InfoMoney
14/04/09 - 17h43
InfoMoney

SÃO PAULO - Apesar dos discursos otimistas do presidente Barack Obama e do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, as bolsas norte-americanas encerraram a sessão desta terça-feira (14) em baixa, pressionadas pela divulgação de indicadores piores que os esperados.

volume das vendas ao mercado varejista norte-americano recuou 1,1% em março, contrariando as estimativas de avanço de 0,3%. Este é um dos índices mais acompanhados, pois os gastos dosconsumidores representam cerca de dois terços do PIB (Produto Interno Bruto) do país. Consequentemente, sua redução pode indicar um desaquecimento da economia.

Outro indicador divulgado foi o índice de preços ao produtor norte-americano (PPI), o qual recuou 1,2% no mês de março, ao passo que espera-se estabilidade do indicador. Desta forma, teme-se uma possível espiral deflacionária.

Declarações
O chairman do Fed, Ben Bernanke, mostra-se otimista quanto ao futuro econômico do país. Assim como o democrata Barack Obama, o qual acredita que a economia do país apresenta sinais de melhora, graças aos pacotes de estímulo. Obama ressaltou, contudo, que ainda há muito a ser realizado e que difíceis decisões deverão ser tomadas, principalmente quanto aos setores financeiro e automotivo.

Montadoras
Com mais especulações sobre uma possível concordata da General Motors e a estruturação de uma empresa menor, formada apenas pelos seus melhores ativos, as suas ações fecharam em alta de 4,09%. De acordo com a Bloomberg, o governo norte-americano poderá ter uma participação nesta nova companhia.

Já os papéis da Ford fecharam no positivo com leve alta de 0,94%.

Resultados
O banco Goldman Sachs divulgou seus resultados referentes ao primeiro trimestre após o fechamento da sessão da última segunda-feira. O balanço superou as expectativas, ao registrar um lucro líquido de US$ 1,8 bilhão - US$ 3,39 por ação. Ainda assim, os papéis do banco tiveram forte queda de 11,56%, reflexo da oferta de ações de US$ 5 bilhões.

Nesta manhã, foi a vez da Johnson & Johnson reportar seu balanço. O lucro líquido da empresa apresentou um recuo de 2,5%, chegando a US$ 3,50 bilhões no primeiro trimestre de 2009 frente ao mesmo período do último ano. O montante ficou próximo do esperado de US$ 3,60 bilhões. Desta maneira, as ações da empresa encerraram o dia em ligeira alta de 0,43%.

Com as expectativas voltadas para as divulgações, ainda neste semana, dos resultados dos bancos JPMorgan e Citigroup, os ativos dessas instituições tiveram desvalorização de 8,90% e avanço de 5,53%, respectivamente.

Bolsas em baixa
O índice S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, fechou em baixa de 2,01% a 842 pontos, acumulando no ano forte baixa de 6,84%.

O Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, encerrou o pregão em desvalorização de 1,71% atingindo 7.920 pontos e caindo 9,76% no ano.

Por fim, o Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, apresentou queda de 1,67% chegando a 1.626 pontos e acumulando no ano forte alta de 3,09%.

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