Petróleo sobe com redução nos estoques dos EUA

Por 04 de Março de 2009 | 13:57

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Os contratos futuros do petróleo operam em alta, oscilando em torno de US$ 45 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), depois da divulgação do relatório do Departamento de Energia dos EUA (DOE), que revelou um declínio nos estoques norte-americanos do produto pela segunda vez nas últimas três semanas.

Às 13h43 (de Brasília), os contratos futuros do petróleo para abril negociados na Nymex subiam US$ 3,00, ou 7,20%, para US$ 44,65 o barril. Em Londres, o contrato do petróleo tipo Brent avançava US$ 2,27, ou 5,19%, para US$ 45,97 o barril.

De acordo com dados do DOE, os estoques de petróleo dos EUA caíram 757 mil barris na semana encerrada em 27 de fevereiro - maior declínio desde dezembro. Analistas esperavam um aumento de 1 milhão de barris.

A queda nos estoques pode indicar que os cortes de produção anunciados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estão começando a fazer efeito no mercado. O cartel decidiu diminuir a oferta no final do ano passado em resposta ao enfraquecimento da demanda e, segundo consultorias que monitoram o tráfego de navios petroleiros, os membros do grupo estão tentando cumprir a meta com afinco nas últimas semanas.

No entanto, se por um lado a oferta excessiva de petróleo aparentemente está diminuindo, por outro um excedente de combustíveis pode estar surgindo no mercado. Os estoques de gasolina cresceram 168 mil barris na semana passada, enquanto os de destilados - categoria que inclui o óleo diesel - subiram 1,662 milhão de barris. Analistas estimavam um declínio de 600 mil barris nos estoques de gasolina e uma queda de 400 mil barris nos de destilados.

Alguns operadores já contavam com uma redução nos estoques de petróleo dos EUA depois de o American Petroleum Institute (API) ter divulgado ontem, em um relatório independente, uma queda nas reservas norte-americanas da commodity (matéria-prima).

Para Mike Zarembski, analista da corretora optionsXpress, o dado do API amorteceu o impacto do relatório do DOE, deixando o caminho livre para que o mercado tivesse de absorver também o aumento inesperado nos estoques de gasolina. "Todos sabiam que (o número do petróleo) poderia ser favorável e não há mais nada para impulsionar os preços, especialmente por conta dos dados sobre os estoques de gasolina", disse Zarembski. "Em geral, temos um cenário misto." As informações são da Dow Jones.

Fonte: Portal Exame