quarta-feira, 18 de março de 2009

Ibovespa segue virada em Wall Street após medidas do Fed e tem avanço de 1,60%

Por: Equipe InfoMoney
18/03/09 - 17h50
InfoMoney

SÃO PAULO - Como de costume, a reunião do Federal Reserve roubou a cena nesta quarta-feira (18). Bem limitado em continuar com a flexibilização monetária tradicional, o colegiado anunciou uma série de medidas para reanimar a maior economia do mundo dentre as quais destaca-se a compra bilionária de Treasuries e títulos hipotecários. A sinalização foi responsável pela virada dos índices em Wall Street que, por sua vez, proporcionaram ao Ibovespa o segundo avanço consecutivo.

Já no menor patamar de sua história, a Fed Funds Rate foi mantida na faixa entre 0% e 0,25% ao ano, segundo anunciado pelo comitê de mercado aberto do Fed. Já esperada pelo mercado, a manutenção do juro básico do país ficou em segundo plano. As atenções se voltaram ao anúncio de que o colegiado irá comprar até US$ 300 bilhões em Treasuries de longo prazo.

O colegiado decidiu ainda ampliar seu orçamento para comprar US$ 750 bilhões adicionais em títulos com lastro em hipotecas, levando o total de aquisições este ano para US$ 1,25 trilhão. Ainda será elevado de US$ 100 bilhões para US$ 200 bilhões o montante destinado à compra dos títulos de dívida das agências hipotecárias.

A postura mais agressiva de Ben Bernanke na tentativa de retirar o país da recessão impulsionou os papéis do setor financeiro, que já vinham em trajetória ascendente diante das expectativas de que a Casa Branca iria utilizar o novo programa do Fed de estimular os empréstimos para remover os ativos podres das instituições financeiras. As ações de Citigroup e Bank of America fecharam com valorização de mais de 20%.

Bolsa
Em consonância com o movimento de Wall Street, o Ibovespa fechou com forte avanço, puxado pela melhora dos papéis da Petrobras e também pelo bom desempenho dos setores de papel e celulose e imobiliário. Contudo, impedindo valorização mais robusta ao índice, os papéis da Vale e do setor de consumo terminaram no campo negativo nesta sessão.

O movimento de queda dos papéis da mineradora refletiu o desempenho de seus pares lá fora. As ações da Rio Tinto desabaram frente à incerteza sobre o acordo com a chinesa Chinalco. Influenciando negativamente também houve a projeção do Goldman Sachs de declínio de 40% nos preços do minério de ferro.

Ibovespa sobe 1,60%
Em quarta-feira ditada pela volatilidade, o Ibovespa seguiu os fortes ganhos nas bolsas externas e fechou com alta de 1,60%, a 40.142 pontos. O volume financeiro do índice totalizou R$ 4,52 bilhões nesta sessão.

As ações de VCP e Aracruz se destacaram entre os ganhos do Ibovespa nesta sessão. Os ativos da segunda refletiram a elevação na recomendação, de venda para neutra, pelos analistas do banco suíço UBS.

Na outra ponta, os ativos de Sadia e Perdigão ficaram com o destaque de baixa da sessão, após a segunda desmentir os rumores sobre a possível fusão entre as companhias. O Citigroup diminuiu sua recomendação para as ações da Perdigão, de manutenção para venda, após a notícia.

Dólar
Após operar no campo positivo por boa parte da sessão, o dólar comercial inverteu seu sinal após o anúncio do Fed e encerrou a quarta-feira com forte baixa de 1,53%, sendo cotado a R$ 2,251.

Fonte: Infomoney

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