sábado, 6 de março de 2010

Petróleo fecha a US$ 81,50, máxima em sete semanas


NOVA YORK - Os futuros do petróleo subiram para o seu mais alto nível em sete semanas nesta sexta-feira, quando o Departamento do Trabalho do governo dos EUA informou que a economia perdeu menos empregos que o esperado em fevereiro, oferecendo encorajamento à recuperação econômica. Os investidores se moveram para o petróleo na expectativa de que o consumo do combustível crescerá, à medida que o ritmo do crescimento econômico se acelera.

O petróleo light, em contrato de entrega para abril, fechou em alta de US$ 1,29 (1,6%) em US$ 81,50 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), no maior preço de fechamento desde 11 de janeiro. O petróleo brevemente atingiu um patamar acima de US$ 82 o barril, chegando a uma máxima intraday de US$ 82,07. A mínima, considerando as transações eletrônicas, foi de US$ 80,47. Já o barril do petróleo Brent, negociado no mercado eletrônico ICE, fechou com alta de US$ 1,35 (1,7%) a US$ 79,89.

"O preço subiu com os números do emprego, sugerindo que a recuperação econômica segue em curso, e também devido à força do mercado de ações", disse Peter Beutel, presidente da empresa Cameron Hanover, em Stamford, Connecticut (EUA).

Os mercados de ações também estavam em alta, uma vez que os investidores, animados pelos dados de empregos, saíram à busca de ativos de maior risco.

Uma melhora no mercado de trabalho poderá levar a gastos mais elevados dos consumidores, com mais dinheiro disponível para gastar em viagens de férias, quando mais motoristas poderão pegar a estrada, o que aumentará a demanda por combustível.

Os dados de emprego "apontam para uma perspectiva de melhora para a economia e é positivo para a demanda da gasolina que o emprego cresça", disse John Kilduff, da Round Earth Capital em Nova York.

Ele notou que o uso da capacidade das refinarias ainda está baixo. A gasolina entra mais no foco entre março e maio, quando as refinarias dos EUA produzem o combustível que será consumido mais tarde nas férias a partir de julho, disse Beutel.

Há alguma cautela dos analistas, contudo, sobre se o movimento de alta do petróleo será sustentado por apenas um relatório sobre o emprego.

Kilduff notou que comunicados positivos da China sobre sua economia também ajudaram a dar apoio ao mercado do petróleo, acalmando alguns temores recentes sobre se o crescimento econômico seria limitado pelos aumentos nos compulsórios dos bancos, mais cedo no ano.

O Congresso Nacional do Povo da China começou nesta sexta-feira a sua reunião anual, com o primeiro-ministro Wen Jiabao dizendo que o país continuará a apoiar a economia, enquanto tenta frear os empréstimos e administrar as consequências de um enorme programa de estímulo.

Enquanto o preço do petróleo pode agora mirar para um alvo de US$ 85 o barril, Kilduff alertou que a alta ainda está vulnerável a movimentos nas moedas e que ainda existem preocupações sobre riscos nas dívidas soberanas, que poderão abalar novamente a confiança econômica. A demanda por petróleo nos EUA também precisa mostrar sinais convincentes de melhora. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Estadão

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