quinta-feira, 4 de março de 2010

Grécia realiza importante emissão de bônus

ATENAS - A Grécia lançou nesta quinta-feira sua oferta de títulos de 10 anos, um dia depois de ganhar aprovação dos mercados e da União europeia para suas medidas de austeridade elaboradas para tirar o país da crise financeira.

A oferta já registrou mais interessados do que os títulos disponíveis em uma hora de abertura, com 7 bilhões de euros em ofertas recebidas. O governo busca um máximo de 5 bilhões de euros, disse o chefe da agência de administração da dívida da Grécia, Petros Christodoulou.

A venda é um teste-chave da capacidade da Grécia de levantar recursos para cobrir os títulos vincendos e evitar o risco de default. O anúncio da oferta veio um dia depois de a Grécia detalhar uma nova rodada de ações, incluindo congelamento de aposentadorias e aumento dos impostos sobre cigarro, álcool e bens de luxo.

As medidas visam mostrar aos mercados que o governo está comprometido em colocar os gastos sob controle e ter dinheiro para honrar seus compromissos.

A Grécia tem de tomar emprestado 54 bilhões de euros por meio de emissões da dívida soberana este ano e até agora levantou 13 bilhões de euros, incluindo vendas de títulos do Tesouro. Mas a baixa confiança do mercado no país se traduziu em custos de empréstimos extremamente altos para Atenas e o governo está atrás de uma maneira de conseguir empréstimos a taxas mais razoáveis.

Os gregos pressionam seus parceiros da União Europeia por um apoio mais forte em troca de seu novo plano de austeridade fiscal, alegando que precisam de um voto de confiança que acalme os mercados. 

O premiê da Grécia, George Papandreou, está para se reunir com a chanceler alemã Angela Merkel em Berlim na sexta-feira e com o presidente francês Nicolas Sarkozy em Paris no domingo.

A União Europeia não fez uma manifestação explícita de apoio e circula pelos mercados que a Alemanha e a França podem ajudar na forma de bancos estatais garantindo bônus gregos.

"O que esperamos de nossos parceiros da União Europeia e, acima de tudo, da Alemanha - porque a voz da Alemanha é particularmente importante neste contexto - é uma clara manifestação de solidariedade e confiança" no governo grego e no novo plano de austeridade, comentou o vice-ministro do Exterior, Dimitris Droutsas, à rede de TV alemã ARD.

Droutsas sublinhou que, "em nenhum momento, o governo grego solicitou ou pediu apoio financeiro direto a seus parceiros europeus ou da Alemanha". "Somos da opinião de que podemos controlar sozinhos esta crise ", acrescentou. "O que necessitamos é de uma forte manifestação de solidariedade."

A Alemanha já afirmou diversas vezes que cabe à Grécia a principal responsabilidade de superar sua crise da dívida. Angela Merkel elogiou as novas medidas de austeridade do governo grego, mas avisou que sua reunião com Papandreou não deve ser "sobre promessas de ajuda".

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