terça-feira, 2 de março de 2010

Bolsas em alta, exaltando indicadores na Ásia e na Europa, além do petróleo


SÃO PAULO – As bolsas europeias operam em alta nesta terça-feira (2), em linha com os mercados futuros dos EUA. As cotações do petróleo e do ouro sobem. No mercado de câmbio, o dólar se valoriza frente às principais divisas do mundo: iene, euro e libra esterlina.
Nos EUA, a agenda econômica tímida revela como único destaque a divulgação de dados referentes às vendas de automóveis em janeiro. Em adição, há os discursos de presidentes regionais do Federal Reserve: de Boston, Eric Rosengren; e de Minneapolis, Naranyana Kocherlakota.

China, Europa, JapãoO volume de empréstimos dos quatro maiores bancos da China somou 294 bilhões de yuans em fevereiro, queda de 39% em relação a janeiro, conforme informado por fontes à agência Reuters. O total de financiamentos no penúltimo mês foi de 1,39 trilhão de yuans, ou 18,5% do estimado pelo PBoC (People’s Bank of China) para 2010, em meio a receios acerca de uma bolha no mercado de crédito. 
De Pequim para o Velho Continente, a Eurostat (Agência Oficial de Estatísticas da União Europeia) estima que a inflação da Zona do Euro fique em 0,9% neste mês - na base anual. Em janeiro, o índice marcou alta de 1%. Já os preços ao produtor subiram 0,7% em janeiro, na relação mensal. No último mês de 2009, a variação havia sido positiva em 0,1%.
De volta à Ásia, a taxa de desemprego no Japão inesperadamente recuou no decorrer de janeiro, para 4,9% - mínima de 10 meses. No período, foram acrescidos 540 mil postos de trabalho, maior alta desde outubro de 1973. Fundamentando a melhora no mercado de trabalho, os gastos das famílias no país cresceram 1,7% em janeiro. 


Correlação perigosa
Conforme o olhar Morgan Stanley, o índice 
S&P 500 esteve (e permanece) altamente e historicamente correlacionado com o crescimento em excesso do crédito. “Começando pelo óbvio, o rali de março de 2009 foi impulsionado por uma avalanche de dinheiro fácil”, ponderam os analistas, que acreditam em um recuo quando o Federal Reserve apertar a política monetária. Quando o aumento no juro básico chegar, “o avanço nos lucros serão a componente chave para ganhos na renda variável”.     


Desaceleração vem aí?Para Prieur du Plessis, presidente do hedge fund Plexus, a desaceleração na manufatura chinesa, explicitada pelos 52 pontos do PMI (Purchasing Managers’ Index) no último mês, deve ser olhada com maior atenção. “Aparentemente, o crescimento anualizado da China no segundo trimestre poderá recuar 10% ou menos”, completa o presidente, pedindo maior atenção a possíveis quedas no PMI à frente.

À deriva
Análise técnica de Kevin Lane, da Fusion IQ, aponta que o índice 
S&P 500 permanece em uma tendência menor de alta. Contudo, ao mesmo tempo, está abaixo da zona da resistência, próxima aos 1.120 pontos. “Até que o índice feche acima desta resistência ou abaixo da LTA (Linha de Tendência de Alta), o S&P 500 ficará sem direção”, diz Lane, que projeta suporte para o índice próximo a 1.080 pontos. Vale lembrar que o S&P 500 fechou em 1.116 pontos na última sessão.

Top picks siderúrgicas
Em relatório sobre o setor siderúrgico no Brasil, o Citigroup enxerga grande volume de pedidos fortes no âmbito doméstico durante o primeiro trimestre deste ano. “Os preços do aço no Brasil devem subir no segundo semestre”, prevê o analista Alex Hacking, que lista duas top picks para o setor na América Latina: a mexicana Ternium e a brasileira CSN.

Por aqui
Na agenda interna, foi divulgado o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) medido pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas), que marcou inflação de 0,74% em fevereiro.
No âmbito corporativo, as seguintes empresas divulgam resultados: Itaúsa, Globex e Pão de Açúcar – antes da abertura do mercado –; e Magnesita, Drogasil e Energias do Brasil – após o fechamento.
Por último, haverá teleconferências com os acionistas das seguintes companhias: Iochpe Maxion (10h00), CPFL (11h00), Minerva (14h00) e Even (14h30).

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