quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Ações da Vale se recuperam e fecham em alta no pregão pós-resultados

Por: Naiara Thaísa I. Bertão
11/02/10 - 18h59
InfoMoney

SÃO PAULO – No primeiro pregão após a divulgação de seus resultados, as ações da Vale (VALE3VALE5) tiveram altos e baixos nesta quinta-feira (11). Após iniciarem o pregão em queda, chegando a recuar mais de 3%, os papéis deram sinais de recuperação, acompanhando a melhora no humor dos mercados, e fecharam com uma performance melhor que a do Ibovespa.
Os papéis ordinários terminaram a sessão com valorização de 2,35%, cotados a R$ 49,69, enquanto os preferenciais classe A subiram 1,9%, para R$ 43,00. Ambos também terminaram o dia bem próximos das máximas do intraday (R$ 49,74 e R$ 43,22, respectivamente). O Ibovespa registrou valorização de 1,66%.
Ainda em torno da mineradora, as ações VALE5 terminaram esta quinta-feira com o maior volume financeiro movimentado (R$ 1,179 bilhão) e o maior número de negócios concretizados (25.347 negócios). Já os ativos VALE3, com R$ 396,1 milhões e 12.403 negócios, ficaram em terceiro em ambos os quesitos, atrás dos papéis preferenciais da Petrobras (PETR4).
Seguindo a tendência, os papéis da Bradespar (BRAP4), holding que detém ações da mineradora, terminaram o dia com alta de 0,66%, sendo cotados a R$ 38,35, após chegarem a recuar 3,15% no período da manhã, quando atingiram a mínima de R$ 36,90.


Resultados
Na última quarta-feira a Vale anunciou crescimento de 7,7% de seu lucro líquido no quarto trimestre de 2009 ante o mesmo intervalo de 2008, ao somar R$ 2,629 bilhões. Porém, na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, a mineradora teve desaceleração de 12,45% em seus ganhos líquidos.

No caso de sua receita, as vendas de minério de ferro e pelotas influenciaram a diminuição de 32,8% na comparação anual, ao somar R$ 11,681 bilhões entre outubro e dezembro. O movimento de queda também foi visto em seu Ebitda (geração operacional de caixa), que retraiu 43,5% frente ao mesmo período de 2008, para R$ 3,709 bilhões.
Já o CPV (custos da empresa referente aos produtos vendidos) somou R$ 7,199 bilhões no quarto trimestre, uma elevação de 3,4% ante 2008. Porém, em todo o ano de 2009, o CPV teve diminuição de 13,8% em comparação com o ano anterior, totalizando R$ 27,720 bilhões.

Melhora
Apesar de a demanda ter sentido fortemente o efeito da desaceleração econômica mundial, a Vale afirmou em relatório que 2009 foi um ano para alavancar vantagens competitivas, focado em redução de custos permanentes e o aumento de eficiência.

Para 2010, a mineradora espera um ano melhor, com a recuperação da economia global “acima da tendência de longo prazo”. Contudo, o ritmo de crescimento deve ser desigual entre seus principais mercados, sendo que os países emergentes – em especial a China – liderarão a aceleração da atividade.
Atualmente a China é o principal mercado consumidor da Vale, respondendo por 29,5% das receitas da companhia. Na sequência, vem Brasil (18,1%), Japão (12,7%) e Alemanha (6,7%).
“Esperamos que o crescimento da produção industrial global continue sólido nos próximos trimestres, refletindo o cenário de forte demanda final e queda de estoques, continuando desse modo a pressionar a demanda por minérios e metais”, projeta.
A empresa também comentou que não se preocupa com o aperto econômico que as novas medidas do governo chinês possam trazer e diz estar confiante na tendência de crescimento da demanda por minerais e metais. “Vemos 2010 como um ano bastante promissor para nosso desempenho financeiro e operacional”, resume.

Fonte: Infomoney

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