Os fundos hedge vêm despejando dinheiro em ações, enquanto as pessoas físicas saem do mercado no maior ritmo em 12 meses, o que é interpretado por investidores profissionais como sinal de que o índice Standard & Poor's deverá estender seu movimento de alta.
Cerca de US$ 37,3 bilhões foram retirados por fundos mútuos dos Estados Unidos desde agosto, segundo números da
"Os investidores mais refinados estão vendo a oportunidade, mas os investidores de varejo ainda estão assustados", afirmou James Dunigan, chefe da divisão de gestão de grandes fortunas da
Antes de os mercados de crédito terem começado a travar em agosto de 2007, a ocasião anterior em que os fundos mútuos viram uma saída tão grande havia ocorrido no período de nove meses até fevereiro de 2003, quando o Índice Standard & Poor's 500 iniciou alta de cinco anos. Agora, essas vendas trazem oportunidades para que empresas como Paulson & Co., Christofferson Robb & Co. e Passport Capital Management LLC apostem que as ações subirão graças aos mais de US$ 11 trilhões emprestados, gastos ou garantidos pelo governo dos EUA para encerrar a recessão.
As pessoas físicas, que representam 82% dos investidores de fundos mútuos nos EUA, sacaram US$ 21,4 bilhões a mais do que investiram em renda variável e aplicaram US$ 312,8 bilhões em bônus no acumulado do ano até outubro, de acordo com a ICI, de Washington.
Mas os investimentos que lucram quando as ações caem aumentaram. Os fundos mútuos conhecidos como long/short e de tendência negativa atraíram um recorde de US$ 10 bilhões entre janeiro e outubro, mais que o dobro do pico anterior, registrado em 2006, segundo a
Em contraste, os fundos hedge elevaram suas apostas em 21%, para US$ 604 bilhões no terceiro trimestre, de acordo com o Goldman Sachs. Eles tinha US$ 363 bilhões em vendas a descoberto (apostas que as ações cairão). Os fundos agora possuem 3,8% do índice Russell 3000, que inclui as maiores empresas dos EUA, a maior porcentagem no ano.
Os fundos hedge - em sua maioria instituições de capital fechado que agrupam recursos e cujas administradoras participam substancialmente nos lucros especulando se os preços dos ativos subirão ou cairão - receberam US$ 1,1 bilhão em investimentos líquidos no trimestre encerrado em setembro, de acordo com a Hedge Fund Research, de Chicago. Foi o primeiro aumento no setor, de US$ 1,53 trilhão, em 12 meses.
O Índice Standard & Poor's 500 subiu 15% nesse período, sendo que alta acumulada desde a mínima atingida em 9 de março é de 61% e o retorno em 2009, incluindo o reinvestimento de dividendos, é de 24%.
"Faz sentido que os fundos hedge estejam ficando comprados (apostando na alta), tendo em vista que o mercado subiu tanto em um período de seis meses", afirmou Harry Rady, que administra US$ 250 milhões, como executivo-chefe da
A maior parte das ações dos EUA caiu na semana passada, uma vez que as especulações de que Dubai poderia ter uma moratória trouxeram receios de que a recuperação do sistema financeiro mundial pudesse estancar-se. Essas preocupações ofuscaram a queda nos pedidos de seguro-desemprego e o aumento nas vendas residenciais.
Os gerentes aumentaram as posições em ações nos últimos dois meses, de acordo com a assessora de investimentos londrina
Os ativos dos fundos hedge poderiam aumentar para US$ 1,75 trilhão no fim de 2010, segundo escreveu Huw van Steenis, do
Fonte: Valor Online
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