quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Sem EUA, temor de moratória no Dubai mantém bolsas no negativo pela tarde

Por: Nathália A. Terra Pereira
26/11/09 - 14h23
InfoMoney

SÃO PAULO - Aos que esperavam uma sessão mais tranquila em função do feriado de Ação de Graças nos EUA, que paralisa os negócios por lá, a quinta-feira (26) mostra-se justamente o contrário: um pregão de perdas no restante das bolsas no mundo, penalizadas pelo receio de calote de um fundo de investimentos do Dubai.

O Dubai World, gerido pelo governo do país, pediu uma extensão do prazo de pagamento de suas dívidas, que somam US$ 59 bilhões, alimentando temores de uma possível moratória. Os papéis de seus principais credores - Credit Suisse, Barclays e HSBC - despencam no mercado europeu.

Por aqui, o dia é de agenda econômica movimentada. O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15) revelou alta de 0,44% em novembro, contra 0,18% em outubro, mês em que o superávit primário do governo brasileiro cresceu para R$ 13,818 bilhões, de acordo com a Nota de Política Fiscal divulgada pelo Banco Central nesta manhã.

Petróleo, câmbio e renda fixa
O clima negativo nas bolsas se estende ao mercado de commodities. O barril de petróleo negociado em Londres registra um recuo de 1,31%, com o barril sendo negociado a US$ 77,41 cada.

No mercado cambial, o dólar comercial mantém a valorizaçãoregistrada desde a abertura, sendo cotado a R$ 1,747, o que representa uma alta de 1,16%.

Trajetória ascendente semelhante é registrada pelas taxas dos contratos de DI futuro negociadas na BM&F Bovespa, em resposta também à aceleração da inflação mensurada pelo IPCA-15.

Ibovespa em queda
Acompanhando o desempenho negativo das bolsas europeias, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, apresenta baixa de 2,27% nesta tarde, atingindo 66.377 pontos. Com o feriado nos EUA, o volume financeiro é baixo: R$ 1,728 bilhão.

O principal destaque negativo da sessão fica com as units da ALL (ALLL11), que caem 4,56% e são cotadas a R$ 15,70. Apesar dessa variação, a alta acumulada desde o início do ano chega a 58,00%.

Fonte: Infomoney

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