quarta-feira, 10 de junho de 2009

Ibovespa sobe 0,48% com atenções às blue chips e referências domésticas

Por: Equipe InfoMoney
10/06/09 - 17h45
InfoMoney

SÃO PAULO - Na véspera de feriado, a bolsa brasileira enfrentou uma sessão guiada por referências internas, que acabaram ajudando o Ibovespa a fugir do cenário instável de Wall Street. Com um impulso de suas principais blue chips no final do pregão, o índice fechou com tímida alta de 0,48%, nos 53.410 pontos.

Além das ocorrências corporativas, os investidores também foram guiados pelas expectativas com a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária).

Blue chips
O volume de eventos na esfera doméstica contribuiu para reduzir o peso de Wall Street. Em destaque nos noticiários, a Vale anunciou pela manhã um corte de 28,2% nos contratos de longo prazo para o minério de ferro fino fornecido a siderúrgicas japonesas e sul-coreanas. Dentro das expectativas do mercado, a notícia foi recebida com alta pelas ações.

Além da Vale, a Petrobras frequentou as manchetes com a falta de deputados para compor sua CPI e uma acusação contra sua subsidiária Petrobras Energia de calote de US$ 4,4 milhões em impostos por uma província argentina, que bloqueou uma das contas bancárias da Petrobras Energia na última semana. Os papéis da estatal também ajudaram na valorização da bolsa, embalados pela alta do petróleo.

FMI
Fora os destaques do noticiário corporativo, a sessão foi guiada por dados de inflação domésticos e uma preocupação externa em relação às contas do governo norte-americano.

Destaque também para o anúncio de que o Brasil deve diversificar suas reservas com a aquisição de US$ 10 bilhões em títulos do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Temor com inflação lá fora
O Treasury Budget apontou que o orçamento do governo dos EUA registrou déficit de US$ 189,7 bilhões em maio, elevando para US$ 991,9 bilhões o saldo negativo do ano fiscal de 2009. Paralelamente, a escalada dos yields dos Treasuries voltava a alimentar temores inflacionários.

No meio da tarde, o Federal Reserve divulgou seu Livro Bege. Segundo a autoridade, o nível de atividade da economia norte-americana voltou a enfraquecer em todas as doze regiões avaliadas desde o meio de abril. Contudo, assim como na publicação anterior, a desaceleração se deu em um ritmo menor do que o observado no início do ano.

Chrysler e Home Depot nas manchetes
O cenário externo também reservou atenção à confirmação da aquisição da montadora Chrysler pela italiana Fiat, após objeções que levaram a Suprema Corte a postergar a liberação do acordo.

Paralelamente, destaque para a Home Depot, que assim como fez a Texas Instruments no início da semana, revisou para cima suas projeções operacionais para 2009. As ações da companhia reagiram com modesto avanço de 0,16% na NYSE (New York Stock Exchange).

Petróleo
Além destas referências, o petróleo voltou a chamar atenção pelo ritmo de altas. Em Nova York, o barril da commodity voltou a subir após a confirmação de declínio no nível de estoques norte-americanos e renovou sua máxima no ano, acima de US$ 71. Por outro lado, o avanço nos contratos exerceu pressão de venda no mercado de ações, com expectativas de elevação dos custos operacionais para as empresas.

Bolsa volta a subir
Mesmo com o cenário negativo nas bolsas norte-americanas, o Ibovespa encontrou espaço para terminar a quarta-feira com valorização de 0,48%, atingindo 53.410 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 4,8 bilhões.

Após se destacar entre as altas do Ibovespa na semana passada, a ação preferencial da TAM voltou a figurar como principal destaque do índice nesta sessão, acumulando sua quinta valorização consecutiva. Na outra ponta, os ativos preferenciais da Vivo estenderam as perdas da véspera, ficando com a maior baixa do índice.

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