quarta-feira, 20 de maio de 2009

Temor com a economia guia virada dos mercados no final do dia e Ibovespa cai 0,20%

Por: Equipe InfoMoney
20/05/09 - 18h18
InfoMoney

SÃO PAULO - Depois de transitarem no campo positivo na maior parte do pregão, os mercados repetiram o movimento da véspera terminaram no vermelho. Desta vez, os temores do Fed com a economia dos EUA preocuparam Wall Street, que também assistiu às tensões envolvendo o setor de cartões de crédito. Por aqui, o Ibovespa não resistiu ao mau humor externo e terminou com recuo pelo segundo pregão consecutivo. De um lado, petroquímicas pressionaram o índice, do outro, petrolíferas limitaram as perdas.

Preocupados com a difícil situação da maior economia do mundo, alguns membros do Federal Reserve sugeriram ampliar o montante de compra de títulos de dívida no mercado além do plano de US$ 1,75 trilhão em aquisições já anunciado. O cenário preocupante fez com que o colegiado reduzisse suas projeções para a atividadeeconômica do país, esperando agora uma contração de 1,3% a 2,0% no PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano em 2009.

Com 367 votos a favor e 61 contra, a Câmara dos Estados Unidos anunciou a aprovação final da mudança na legislação vigente para administradoras de cartões de crédito. Após o anúncio, o CEO (Chief Executive Officer) da American Express, Kenneth Chenault disse que as mudanças podem reduzir a concessão de empréstimos a " consumidores que precisam deles", e que elas vão atingir mais seus concorrentes. Estendendo as perdas da véspera, as ações da empresa caíram 3,27%.

Em contrapartida, a General Motors viu seus papéis dispararem 14,17% após afirmar que recebeu três propostas de compra da unidade Opel na Alemanha, conforme indicado pelo porta-voz Chris Preuss. Voltando ao âmbito econômico, também trouxe cautela a divulgação do PIB do Japão, que teve queda recorde de 4% no primeiro trimestre de 2009, ficando levemente melhor que as expectativas (-4,2%).

Segunda queda consecutiva
Estendendo as perdas da véspera, o Ibovespa acompanhou a trajetória negativa das bolsas norte-americanas e terminou no vermelho. De um lado, o fraco desempenho dos papéis da Braskem penalizou o índice. Do outro, a performance positiva dos papéis da Petrobras e de produtoras de alimentos limitou as perdas da bolsa brasileira.

No destaque negativo do benchmark, as ações da Braskem registraram forte queda pelo segundo pregão consecutivo. Ao contrário das outras projeções ao setor, o Credit Suisse revisou para baixo as perspectivas para o resultado da empresa na véspera, de modo que a expectativa para o Ebitda (geração operacional de caixa) da empresa neste ano foi cortada em 16%.

Em contrapartida, o anúncio da fusão entre Sadia e Perdigão - cujas ações lideraram os ganhos do principal índice acionário do País - novamente ocupou o centro das atenções na esfera corporativa. Depois de analisar a operação, a agência de risco Standard & Poor's colocou os ratings da Perdigão em revisão negativa, ao contrário dos da Sadia, que podem ser elevados pela instituição.

Ainda no âmbito interno, a agência de classificação de risco Moody's declarou em teleconferência que o Brasil é um potencial candidato a ter uma elevação em seu rating. Vale lembrar que a Moody's mantém o Brasil um degrau abaixo do investment grade - diferente de Standard & Poor's e Fitch Ratings, que concederam a classificação ao País no ano passado.

Ibovespa cai 0,20%
Confirmando o segundo recuo consecutivo, o Ibovespa fechou com baixa de 0,20%, nos 51.245 pontos. O volume financeiro do índice totalizou R$ 6,38 bilhões.

Fonte: Infomoney

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