terça-feira, 12 de maio de 2009

Mercado "ignora" grau de investimento, e Bovespa cai pelo 2º dia

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) repetiu o desempenho do primeiro pregão da semana e encerrou a terça-feira em queda de 1,28%, aos 50.325,78 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,277 bilhões. No mês, a Bovespa acumula alta de 6,42% e de 34,02% no ano.

Já o dólar fechou o dia em alta de 0,44%, cotado a R$ 2,068, e interrompeu uma sequência de quatro sessões de queda. Entretanto, no mês, a moeda ainda acumula queda de 5,22%; e no ano, de 11,36%.

Nem mesmo a notícia de manutenção do grau de investimento do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch animou o mercado financeiro. 

Pesou contra a Bovespa a notícia de queda do lucro líquido da Petrobras em quase 20% no primeiro trimestre, para R$ 5,81 bilhões. A empresa culpou a queda do preço do petróleo no mercado mundial pelo resultado. O presidente Lula , por sua vez, garantiu hoje que os investimentos da estatal serão mantidos, mesmo com o lucro reduzido. 

Além disso, o emprego na indústria caiu 5% em março comparado a igual mês de 2008 e foi a maior queda anual desde 2001. Em termos setoriais, 14 dos 18 ramos pesquisados pelo IBGE mostraram diminuição no emprego, como vestuário (-8,6%) e máquinas e equipamentos (-8,2%). 

O lucro do grupo Pão de Açúcar quase triplicou no primeiro trimestre e atingiu R$ 94,4 milhões, apoiado por controle de custos e aumento de vendas num período que, diferente do primeiro trimestre do ano passado, não incluiu o movimento do feriado da Páscoa.

No cenário externo, a montadora General Motors viu seus papeis despencarem mais de 20%, atingindo a menor cotação em 76 anos. 

Os Estados Unidos confirmaram, em abril, déficit fiscal de US$ 21 bilhões, o primeiro no mês em 26 anos. 

As exportações chinesas caíram 22,6% em abril, completando o sexto mês consecutivo de queda. O recuo das vendas foi acentuado, mas não chegou aos 25,7% de fevereiro, o que constituiu a maior queda em mais de uma década.

Em relatório divulgado nesta manhã, o FMI (Fundo Monetário Internacional) pediu que os bancos europeus passem por um teste de estresse similar ao realizado nos Estados Unidos. O órgão também disse que o continente europeu deve começar a se recuperar dos efeitos da crise no segundo semestre de 2010. 

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