terça-feira, 28 de abril de 2009

Em pregão instável, Ibovespa oscila entre ganhos e perdas, mas termina no zero-a-zero

Por: Equipe InfoMoney
28/04/09 - 17h41
InfoMoney

SÃO PAULO - Instabilidade foi a palavra de ordem nos mercados nesta terça-feira (29). Wall Street ficou dividida entre preocupações renovadas com setor bancário e sinais de melhora naeconomia dos EUA, mas acabou por fechar no campo negativo. Por aqui, o Ibovespa até esboçou certa recuperação pela tarde, mas entre a queda do preço das commodities diante dos temores com a gripe suína e o fôlego de produtoras de celulose o índice terminou no zero-a-zero.

Além do nervosismo generalizado em torno da doença, as tensões envolvendo a saúde do setor bancário ajudam a explicar o fechamento negativo de Wall Street. O Bank of America - maior banco dos EUA por ativos - pode precisar de US$ 70 bilhões em capital adicional, de acordo com Paul Miller, analista da Friedman, Billings, Ramsey Group, que citou a performance do banco no teste de estresse. Além da instituição, o Citigroup também necessitaria de mais capital de acordo com notícia do Wall Street Journal. Os papéis do primeiro caíram 8,63% e os do segundo 5,86%.

Em contrapartida, as referências econômicas proporcionaram certo alívio aos investidores no meio da tarde. A confiança do consumidor norte-americano ficou bem acima do esperado pelos analistas, enquanto o indicador que mede o preço dos imóveis no país amenizou o seu ritmo de contração fevereiro. As expectativas recaem agora sobre o resultado da reunião do Federal Reserve lá fora e do encontro do Copom (Comitê de Política Monetária) por aqui.

Novamente o setor automotivo figurou entre os destaques dos noticiários. Os bancos credores da Chrysler chegaram a um acordo com o governo dos EUA para a troca de US$ 6,9 bilhões em dívida securitizada por US $ 2 bilhões em caixa, segundo agências internacionais. Já a GM poderá ver mais da metade de seu capital social nas mãos do Estado, dado que a proposta enviada pela montadora à Casa Branca oferta fatia superior a 50% das ações em circulação como troca aos US$ 10 bilhões emprestados pelo governo.

Zero-a-zero
Influenciado pelo mau humor externo, o Ibovespa terminou com oscilação nula puxado para baixo pelos papéis de Vale e incorporadoras imobiliárias, porém beneficiado pelo bom desempenho do setor de papel e celulose, assim como pela virada dos papéis da Petrobras.

Na caso da mineradora, o presidente da subsidiária chinesa, Michael Zhu, teria afirmado que "haverá um corte de 25% na capacidade produtiva de minério de ferro para este ano", informação negada pela Vale. As ocorrências deixaram os investidores da companhia preocupados e provocaram forte queda nos seus papéis, que também foram influenciados pela desvalorização do preço dos metais.

O noticiário ainda destacou a Klabin Segall, cujas ações despencaram. A empresa realizou um acordo para transferir 57,8% de seu capital ao grupo espanhol Veremonte Participações, de Enrique Bañuelos de Castro, e à Agra Empreendimentos, em troca de uma capitalização de, pelo menos, R$ 100 milhões. Ainda no setor, se ajustando ao ciclo de quatro pregões consecutivos de ganhos, os ativos da Cyrela ficaram com o destaque de baixa.

Por sua vez, o setor de papel e celulose voltou a encabeçar os ganhos do índice nesta sessão. As ações de VCP e Aracruz foram beneficiadas pelos sinais de melhora na demanda da China pelo insumo, assim como pelos indícios de retomada nos preços da celulose na Europa e EUA.

Ibovespa a 45.821 pontos
O Ibovespa fechou estável aos 45.821 pontos. O volume financeiro do índice totalizou R$ 4,31 bilhões.

Recuperando-se das perdas verificadas na véspera, os papéis da Copel disparam e ficaram com a maior valorização do índice nesta sessão.

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