quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Corte da Selic e mercados externos favorecem abertura doméstica

Por: Vitor Silveira Lima Oliveira
22/01/09 - 09h15
InfoMoney

SÃO PAULO - Os mercados globais operam no campo positivo nesta quinta-feira (22), posicionando os negócios em âmbito doméstico para uma abertura positiva. A sessão marca avaliação de corte na taxa Selic, volta de indicadores externos e resultados corporativos.

Ganham destaque no exterior o desempenho acima das expectativas da Apple durante o quarto trimestre, assim como a previsão de relevante prejuízo da Sony. Também serão acompanhados os dados sobre o setor imobiliário e pedidos de seguro desemprego nos EUA.

Investidores também levam em conta a forte desaceleração do PIB (Produto Interno Bruto) chinês no último trimestre de 2008, bem como a manutenção do juro básico pelo BoJ (Banco do Japão). Internamente, ganha destaque a avaliação dos mercados em relação ao corte maior que o esperado do juro básico pelo Banco Central, divulgada na última quarta-feira.

"Como a redução [da Selic] foi maior do que a esperada, tende a ocorrer um avanço no curto prazo, quanto mais se os agentes vislumbrarem que na próxima decisão, no dia 11 de março de 2009, a baixa poderá ser maior", revela o analista Hamilton Moreira Alves, da BB Investimentos.

Noticiário corporativo
O setor de tecnologia continua trazendo boas surpresas a Wall Street. Após a IBM, foi a vez da Apple revelar resultados trimestrais no topo das projeções de analistas, com aumento de 1,5% de seu lucro líquido, para US$ 1,6 bilhão.

Com a notícia, os papéis da companhia disparam nas negociações de pré-market em Nova York, com alta de 9,3%. Nos últimos pregões, os papéis sofreram com temores em relação ao afastamento de seu CEO Steve Jobs por problemas de saúde.

Já a japonesa Sony revelou ao mercado nesta sessão que deverá registrar perdas operacionais de US$ 2,9 bilhões durante o ano de 2008, em função da rápida deterioração da economia global. A empresa realizará grande reestruturação, com o fechamento de fábricas e demissões.

Perspectivas
Os mercados futuros norte-americanos operam timidamente no campo positivo, esperando pela divulgação de indicadores sobre a construção de novas casas e permissões para construção, ao passo em que as principais bolsas europeias registram significativas altas, favorecendo a abertura interna.

No último pregão, o Ibovespa registrou elevação de 3,41%, para 38.543 pontos. Menos otimistas, os analistas do Danske Bank afirmaram que "temores em relação à oferta e inflação de longo prazo, em função da política fiscal amplamente expansionista dos EUA e os temores em relação a instituições financeiras tem sido o foco recente dos mercados de ações. Isto poderá facilmente ser novamente o foco nesta sessão"

Fonte: InfoMoney

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