quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Empresários repudiam pontos incluídos na reforma tributária

SÃO PAULO (Reuters) - Empresários de todo o Brasil reunidos nesta quarta-feira na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criticaram pontos acrescentados ao projeto de reforma tributária que segundo eles podem aumentar a carga de impostos do país, em vez de reduzi-la.

Cerca de 35 empresários de segmentos da indústria, comércio e serviços participaram de reunião do Conselho Superior Estratégico da Fiesp.

O presidente da entidade, Paulo Skaf, salientou que o conselho estratégico "não discute problemas específicos da indústria, mas do país" e costuma se reunir bimestralmente para fazer recomendações à Fiesp.

Segundo ele, que conversou com jornalistas ao final da reunião a portas fechadas, os empresários "estão de acordo com a reforma tributária". Para Skaf, "o Brasil precisa de uma reforma tributária que desonere, simplifique e o torne mais ágil."

No entanto, Skaf salientou que ficou preocupado "com algumas novidades que surgiram" nos últimos dias. "Em hipótese nenhuma podemos aceitar uma reforma tributária que aumente a carga de impostos do país", disse ele.

Alguns desses pontos, citou Skaf, seriam a possibilidade de aumentar a contribuição da mineração, por exemplo. Atualmente, esse setor paga uma contribuição de 2 por cento da receita líquida e o projeto de reforma tributária quer elevar esse índice para 3 por cento da receita bruta. "Isso é quase dobrar o imposto", disse o presidente da Fiesp.

O executivo ainda citou a manutenção dos benefícios fiscais portuários. "É um retrocesso, e isso não estava no relatório, surgiu há três dias", apontou.

Segundo o presidente da Fiesp, os empresários também querem transparência nos impostos. "É importante que a sociedade pague sabendo o que está pagando."

Skaf citou que a classe empresarial gostaria que o projeto proibisse a criação de impostos no Brasil através de Medida Provisória e isso não foi contemplado no texto da lei que está para ser votado no plenário da Câmara.

Fonte: Reuters Brasil

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